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Cândida Vargas dá atendimento às mulheres vítimas de violência

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Fazer a diferença no acolhimento. Esse é o lema do Centro de Referência para Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual e Doméstica (ICVio) do Instituto Cândida Vargas (IVC). O serviço, oferecido pela Prefeitura de João Pessoa (PMJP), foi implantado em janeiro de 2006. Em três anos de existência, o Centro já atendeu 90 casos, incluindo a realização de quatro abortos legais, sempre preservando a privacidade das vítimas.

Apenas nos cinco primeiros meses deste ano já foram registrados 13 atendimentos no ICVio, uma média superior a dois casos por mês. As adolescentes são as principais vítimas, com sete casos registrados. A maioria dos agressores são pessoas conhecidas – parentes, padrastos, namorados, amigos e vizinhos. “Apesar dos números, a maioria das mulheres violentadas não procura o Centro por medo da família ou por não conhecer o serviço”, afirma o ginecologista e obstetra Valmont Toscano Varandas, coordenador do ICVio.

Para ter acesso ao atendimento as mulheres não precisam comparecer previamente a delegacia ou apresentar boletim de ocorrência, basta ir ao Instituto Cândida Vargas. “O atendimento foi criado para as vítimas de violência sexual ou doméstica que nos procuram por conta própria ou são encaminhadas pelos Conselhos Tutelares, no caso de menores, ou pela Justiça”, explica o coordenador.

Etapas – No momento que chega à recepção do Instituto, a vítima é identificada como os demais pacientes por um médico plantonista, que faz o reconhecimento do caso e o encaminhamento para a assistente social. “A recepção é realizada da forma mais normal possível. Não existe um local restrito, com letreiros que deixem a paciente constrangida por ter sofrido violência sexual ou doméstica. Só após a triagem, que é feita procurando resguardar essas pessoas que chegam fragilizadas, é que elas são conduzidas até as instalações do ICVio para que seja dada sequência ao acolhimento”, explicou Valmont Varandas.

No setor de acolhimento, uma assistente social é encarregada de ouvir o problema, preencher documentos e prontuários específicos para que então comece o atendimento psicológico. “Feito o acolhimento, a mulher é avaliada pela enfermeira e médico plantonista que, dependendo do caso, prescreve a aplicação de medicamentos profiláticos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)”, contou Varandas.

Ele ainda acrescentou que são solicitados exames de rotina como Beta HCG, para diagnosticar uma possível gravidez; HIV, para identificar a presença do vírus; sorologia para Hepatite B e C e outros. Caso haja necessidade, a paciente pode ser internada ou ainda, dependendo da violência sexual ou doméstica, encaminhada para o Instituto Médico Legal, delegacia ou, no caso de crianças e adolescentes, para os Conselhos Tutelares. “Muitas vezes solicitamos e os responsáveis, seja pela Delegacia da Mulher ou Conselho Tutelar da área, vêm até aqui e fazem o registro do caso”, contou o médico.

72 horas – Em casos de estupro a principal recomendação da equipe do Centro de Referência para Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual do Instituto Cândida Vargas é que a ajuda médica seja procurada até 72 horas após o fato. “Buscar ajuda em até três dias é importante, pois nesse intervalo de tempo é garantida a eficácia da pílula do dia seguinte, que evita a gravidez indesejada, e dos anti-retrovirais contra HIV”, alerta Valmont Varandas, ressaltando que o Centro não tem registro de diagnóstico positivo para HIV.

Composta pelos médicos plantonistas, assistentes sociais e psicólogos do Instituto Cândida Vargas, o diferencial do ICVio está na forma como é feito o atendimento e no método de trabalho realizado. “Aqui não temos um psicólogo, médico ou assistente social exclusivos do Centro, mas toda uma equipe preparada para receber mulheres que chegam fragilizadas e são recebidas de uma forma acolhedora, por profissionais que vão resguardar sua intimidade e dar o melhor atendimento possível”, assegura Valmont Varandas. O Instituto Cândida Vargas está localizado na Avenida Coremas, no bairro de Jaguaribe. O telefone de contato é o (83) 3241-3441.

Secom/JP

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