O delegado de Pedras de Fogo, Paulo Martins, declarou, neste final de semana, em entrevista a TV PBPE, que o assassinato do empresário Abson Matos, ocorrida no último dia 06, foi praticado por motivações política.
“A meu ver esse crime foi no meio político. Não estou formando opinião. Apenas eu acho que foi um crime político”, declarou.
Paulo Martins também confirmou que Abson Matos fez denúncias contra o poder público local, devido ao suposto uso de máquinas da prefeitura de Pedras de Fogo para o beneficiamento de terrenos privados.
“Estamos apurando esse fato, já enviei a denúncia para o Ministério Público pedindo retorno para dar prosseguimento às investigações”, revelou.
Com relação à polêmica quanto ao local do crime, o delegado disse ter ficado surpreso com as informações do delegado de Itambé de que o assassinato seria da jurisdição de Pedras de Fogo. Abson foi executado dentro do seu estabelecimento comercial. Segundo Paulo Martins, o local fica na Rua das Turmalinas, que explicitamente fica na cidade pernambucana.
“Já sabia que o local era de Itambé, pois fui lá com a perícia fazer georreferenciamento. Consequentemente irei repassar o caso para o delegado de Itambé, pois o caso é de lá”, disse o delegado acrescentando que todo o material que foi coletado pela polícia paraibana será repassado para a Delegacia de Itambé para que se chegue a elucidação do caso.
Na semana passada, o pré-candidato a prefeito de Pedras de Fogo, Manoel Junior (Solidariedade), se reuniu com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e com o secretário estadual de Defesa Social, Antônio de Padua Vieira, para solicitar uma rigorosa apuração do assassinato do empresário
Na oportunidade, Paulo Câmara revelou que monitoramento realizado através de GPS pela secretaria de Defesa Social de Pernambuco aponta que a execução aconteceu em Pedras de Fogo, o que é contestado pelo delegado Paulo Martins. A polêmica quanto ao local do crime se dá pelo fato de Pedras de Fogo e Itambé serem divididas apenas por uma rua.
Abson Matos ficou conhecido no município por participar de diversos programas de rádio e de TV denunciando supostas irregularidades na prefeitura de Pedras de Fogo. Ele também era bastante conhecido por ter criado o slogan “Bomba, Bomba” e divulgar áudios em grupos Whatsapp com acusações contra Dedé Romão e seu grupo, entre eles o presidente da Câmara de Vereadores, Ninho da Mangueira, por isso existem as suspeitas de motivação política no crime.
Em um dos últimos áudios, que circulou nos grupos de Whastapp, o empresário revelou que estava sendo ameaçado de morte e afirmava que não iria se intimidar.
“Não iremos nos calar, não adianta está me ameaçando de morte e mandando recado por babões, dizendo que vai calar minha boca, nem que seja no chumbo. Iremos entrar com processo de ameaça, porque é inadmissível o gestor de um município entrar em desespero e ameaçar as pessoas, que estão fiscalizando a má administração que está acontecendo no município de Pedras Fogo”, declarou.
No áudio, Abson dizia que se fosse executado, seus áudios e história ficariam circulando na cidade.
“Pode até me calar na bala, como falaram, que vão estourar minha cara na bala. Mas, meus áudios e minha história vão ficar circulando na cidade”, disse.
Confira a entrevista no vídeo:
PB Agora