Categorias: Paraíba

Caso Cuiá: prefeito Luciano Agra diz que Ministério Público agiu sem consideração

PUBLICIDADE

O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), disse ontem que o Ministério Público da Paraíba não teve consideração para convidar ele ou qualquer auxiliar da Prefeitura a prestar esclarecimentos sobre a desapropriação da Fazenda Cuiá, no bairro do Valentina Figueiredo. “Nenhum funcionário do segundo escalão da Prefeitura foi convidado, muito menos eu, para contextualizar como ocorreu a iniciativa da desapropriação”, disse o prefeito da Capital.

Agra se referiu à decisão dos promotores do Patrimônio Público Leonardo Pinto, Rodrigo Pires e Raniere Dantas, que pediram à Justiça a anulação do laudo de avaliação realizado pela Prefeitura de João Pessoa para a desapropriação da Fazenda Cuiá. Também pediram o cancelamento da indenização referente à desapropriação do imóvel.

O prefeito disse que recebeu com tranqüilidade a decisão dos promotores. “Não foi surpresa, porque o papel do Ministério Público é proteger a sociedade, sendo que a desapropriação da Fazenda Cuiá não vem ao caso”, declarou o prefeito Luciano Agra.

Segundo ele, a desapropriação está no contexto de uma política pública que dotará a cidade com áreas verdes. Conforme o prefeito, a idéia é recuperar para João Pessoa a posição que ela perdeu no ranking das cidades mais verdes do mundo. Agra afirmou que a proposta da Prefeitura de João Pessoa não é apenas criar o Parque da Fazenda Cuiá, mas também o Parque Paraíba, Parque Augusto dos Anjos e o Horto Florestal, de um total de dez.

Na decisão do Ministério Público, segundo o prefeito Luciano Agra, se vê uma tentativa de frustrar a implementação de políticas públicas importantes para a sobrevivência presente e futura dos pessoenses. “Até porque, precisamos ar limpo e de espaços grandes com áreas verdes”, disse o prefeito da Capital.

De acordo com Luciano Agra, a Fazenda Cuiá foi desapropriada com base no cadastro imobiliário do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e nos cadastro de contribuintes do ITBI (Imposto sobre Transmissões de Bens Imobiliários). “Acredito que a cidade precisa do Parque da Fazenda Cuiá e vamos mostrar à sociedade que estamos certos”, finalizou o prefeito.

APOIO DA CMJP

O líder do Governo na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Bruno Farias (PPS), afirmou, ontem, que o prefeito da Capital, Luciano Agra (PSB), deve entrar na justiça contra a decisão do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que anulou na última segunda-feira, o laudo de avaliação da Prefeitura da Capital para desapropriação da fazenda Cuiá. Segundo Bruno, a prefeitura teria agido dentro da legalidade e que o laudo continha valores menores do que a média do mercado.

“Vamos responder na justiça todos os pontos questionados pelo Ministério Público Estadual, pois a prefeitura tem a consciência absoluta de que agiu à luz da legislação, ou seja, dentro da legalidade e não houve qualquer superfaturamento da área. Afinal, o valor por metro quadrado da área do Cuiá ficou a R$ 25, isto é, abaixo doa valores praticados pelo mercado Hoje terrenos daquela área são avaliados em torno de R$ 80”, esclareceu o líder.

Bruno destacou a importância do Parque que deverá ser erguido no terreno desapropriado. Segundo ele, aquele deverá oferecer à população uma melhor qualidade de vida por permitir a prática de esporte e atividades de lazer. “A prefeitura vai oferecer a cidade e, sobretudo aquela região, um equipamento que possibilite as pessoas contemplarem a natureza, praticar esportes e atividade lazer. Com essa desapropriação a prefeitura vai oferecer uma melhor qualidade de vida, oferecendo uma área verde às pessoas que poderão respirar e ter um equipamento a altura da sua cidadania”, disse.

O parlamentar informou que o “Parque Cuiá” já possui licitação para ser construído e que os projetos arquitetônicos que irão compor o cenário do Parque, já estão em fase de acabamento e deverão ficar prontos em breve.

Por outro lado, o líder da oposição, Fernando Milanês (PMDB), parabenizou a decisão do MPPB e disse que outras decisões sobre atos ilegais da prefeitura ainda serão barrados pela justiça. “Os promotores e a justiça estão de parabéns por que estava muito claro superfaturamento. Levaram o dinheiro público e deve ser estabelecida a moralidade nessa cidade, devemos acabar com essa falta de compostura da Prefeitura. Com essa decisão sobre o Cuiá outras virão. Agora o cidadão está vendo seu dinheiro voltar ao bolso”, alfinetou.
 

 

Jornal Correio da Paraíba

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Polícia Militar apreende mais de 40 trouxinhas de cocaína e maconha no bairro Treze de Maio, em João Pessoa

Uma ação da Polícia Militar apreendeu na noite de ontem (23), no bairro Treze de…

24 de outubro de 2024

PMJP cria comissão para formação de curso de novos Guardas Municipais de João Pessoa

Foi publicada ontem (23) no Diário Oficial de João Pessoa a portaria que estabelece a…

24 de outubro de 2024

Resultados do 2º Turno em JP e CG devem ser divulgados até às 19h do domingo, avalia TRE-PB

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB)avalia que os resultados do 2º turno das eleições…

23 de outubro de 2024

Citado como opção, Cícero evita futurologia sobre eleições 2026 e reforça foco em João Pessoa: “Meu projeto é cuidar da cidade”

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), descartou, por enquanto, qualquer intenção de disputar…

23 de outubro de 2024

Mídia nacional destaca elogio de Arthur Lira a Hugo Motta, mas presidente da Câmara não fala em sucessão

Em reportagem do jornal Correio Braziliense de ontem (22), foi destacado em um evento do…

23 de outubro de 2024

João comemora crescimento de Jhony na reta final da campanha e projeta vitória: “População dará a resposta nas urnas”

Na reta final da campanha eleitoral, o governador João Azevêdo (PSB) expressou otimismo com o…

23 de outubro de 2024