Prestes a completar 17 anos do atentado do Gulliver, o caso ainda continua se arrastando na Justiça. Já houve uma decisão do juiz do 1º Tribunal do Júri da Capital de mandar o ex-governador Ronaldo Cunha Lima sentar no banco dos réus para ser julgado pela tentativa de assassinato contra o ex-governador Tarcísio Burity, no dia 5 de novembro de 1993 no interior do restaurante Gulliver, em João Pessoa.
A defesa tem usado todas as formas para protelar o julgamento. Um recurso relacionado com o caso Gulliver está na pauta de amanhã. A família de Burity já perdeu a esperança de ver Ronaldo ser julgado pelo crime.
A viúva Glauce Burity disse que a Justiça da Paraíba é constituída por pessoas sérias. Ela acredita que a defesa de Ronaldo tudo farão para procrastinar o julgamento. “Eu estou tão decepcionada com esse caso. Burity morreu por causa do tiro que Ronaldo deu no Gulliver e até agora não houve nenhuma punição”, disse.
O caso está tramitando desde maio de 2008 no Tribunal do Júri da Capital. O processo já passou pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No Supremo, o relator do processo, Joaquim Barbosa, chegou a pedir pauta para julgamento. Ronaldo, que era deputado federal, renunciou ao cargo para não ser condenado.
Com isso, o processo foi remetido para a Justiça da Paraíba. Em abril de 2009, o juiz mandou Ronaldo a júri popular. A partir daí a defesa interpôs recursos para o Tribunal de Justiça e não foi julgado até hoje.
Jornal Correio da Paraíba