CCJ da ALPB aprova projeto que reconhece fibromialgia como deficiência para efeitos legais

PUBLICIDADE

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou, por unanimidade, o projeto de lei 1701/2024, que reconhece a fibromialgia como deficiência, para efeitos legais. A iniciativa foi avaliada e aprovada durante a reunião da comissão, realizada na manhã desta terça-feira (12), com a presença dos deputados João Gonçalves, Nilson Lacerda e Taciano Diniz, além do presidente Wilson Filho.

“Apresentamos esse projeto no ano passado, que é uma doença em crescimento, infelizmente. Mas, na época, existiu uma polêmica junto à FUNAD, que não estava concordando muito. Esperei o ano acabar para, regimentalmente, ser possível apresentar o projeto novamente, mas com algumas adequações pertinentes. Antes de chegar ao Plenário, vamos construir uma audiência pública com essas pessoas que sofrem com a fibromialgia, pessoas da FUNAD, pessoas da gestão estadual e municipal, para que a gente possa fazer um debate transparente e com as polêmicas esclarecidas e sanadas”, explicou o deputado Wilson Filho, autor da proposta.

O projeto de lei tem como finalidade assegurar os mesmos direitos e garantias das pessoas com deficiência, a exemplo de atendimento preferencial e acompanhamento especializado de saúde.

A fibromialgia é uma doença crônica multifatorial relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central, que causa dores intensas em todo o corpo e grandes transtornos aos portadores. “Ainda não há cura para a fibromialgia, sendo o tratamento parte fundamental para que não se dê a progressão da doença que, embora não seja fatal, implica severas restrições à existência digna dos pacientes, sendo pacífico que eles possuem uma queda significativa na qualidade de vida, impactando negativamente nos aspectos social, profissional e afetivo”, pontua Wilson Santiago.

Epidermólise Bolhosa

Nesse mesmo caminho, os parlamentares aprovaram, também, o projeto de lei 1436/2023, do deputado Luciano Cartaxo, que propõe ações para garantir a proteção e os direitos das pessoas com Epidermólise Bolhosa, uma doença genética e hereditária rara que se manifesta no nascimento.

Entre as iniciativas propostas, destacam-se o tratamento imediato após o diagnóstico, tratamento intensivo de paciente em reabilitação física, acesso gratuito a medicamentos, nutrientes e insumos a exemplo de curativos, indicados pelo profissional de saúde, sem interrupção do fluxo, destinados ao tratamento da doença; prioridade no atendimento em estabelecimentos comerciais e de serviços, entre outros.

“Este projeto de Lei surge da necessidade de assegurar direitos e oferecer proteção adequada a esses indivíduos, que demandam um cuidado especializado. Este cuidado inclui tratamentos médicos intensivos, acompanhamento psicológico, acesso a medicamentos específicos e insumos, além da adaptação do ambiente e das atividades diárias para minimizar o risco de lesões na pele. Sem uma legislação específica que reconheça os direitos dessas pessoas e estabeleça diretrizes claras para o atendimento, elas podem enfrentar dificuldades significativas para acessar os cuidados necessários”, defende o deputado autor do projeto, Luciano Cartaxo.

Acessibilidade e inclusão

Outro projeto de lei aprovado pela CCJR sugere a criação da Lei João Vítor, com foco na acessibilidade e inclusão de pessoas cegas ou com dificuldade visual. De autoria do deputado e presidente da ALPB, Adriano Galdino, o Projeto de Lei 1604/2024 determina que os editores de livros assegurem a edição de livros, apostilas e outros materiais pedagógicos acessíveis na linguagem Braille e em formato digital.

A disponibilização do livro poderá ser feita mediante cobrança de valores, desde que estes não ultrapassem o valor exigido pela edição em formato físico. “É imperativo criar instrumentos e ferramentas que facilitem a busca e a aquisição de livros em formato acessível, garantindo que pessoas com deficiência possam desfrutar do acesso à cultura e à informação em prazo razoável e de acordo com suas necessidades específicas. Isso não apenas cumpre as disposições legais, mas também promove efetivamente a inclusão e a igualdade, transformando os livros em veículos verdadeiramente acessíveis para todos”, reforça Adriano.

PUBLICIDADE

Últimas notícias

2º turno: Marcelo Queiroga promete manter programas sociais e Cícero Lucena garante investir no setor cultural de João Pessoa

A disputa pela prefeitura de João Pessoa, segue acirrada. Os dois candidatos que disputam o…

17 de outubro de 2024

Cícero detona proposta de segregação de candidato do PL à PMJP e defende inclusão de autistas nas escolas da Capital 

O candidato à reeleição para a Prefeitura de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), em entrevista…

17 de outubro de 2024

Presidente do MDB de JP endossa neutralidade da legenda no 2º turno, em João Pessoa

Em entrevista nesta quinta-feira (17), o presidente do MDB em João Pessoa e vereador reeleito,…

17 de outubro de 2024

Enivaldo Ribeiro anuncia reunião com deputados do PP para harmonizar relação com João: “O que vale é daqui pra frente”

O presidente estadual do Progressistas (PP), Enivaldo Ribeiro, em entrevista nesta quinta-feira (17), sinalizou que…

17 de outubro de 2024

Setor imobiliário da Paraíba estima queda de 35% nas vendas com novas regras de financiamento da Caixa

A Caixa Econômica Federal anunciou mudanças no financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de…

17 de outubro de 2024

Na PB, vereador presidente de Câmara terá que devolver quase R$ 100 mil aos cofres públicos por gasto sem comprovação

Despesas administrativas não comprovadas acarretaram ao então presidente da Câmara de Vereadores de Cacimbas, José…

17 de outubro de 2024