O impacto da guerra da Ucrânia na economia brasileira chegou muito mais rápido do que se imaginava, com o aumento de 24,93% dos combustíveis anunciado pela Petrobras. Um outro problema, em consequência dos efeitos da guerra, já afeta os paraibanos, que é o desabastecimento de gás de cozinha. Pelo menos, cerca de 60% das revendedoras de gás de cozinha estão desabastecidas no Estado.
Segundo o presidente do Sindicato das Revendedoras de Gás de Cozinha da Paraíba (Sinregás), Marcos Antônio Bezerra, os 1.600 revendas do estado já estão desabastecidas. Ele alerta que pode faltar o produto nos próximos dias.
O problema segundo ele, o órgão, não tem uma previsão para ser solucionado.
O Sinregás informou que a falta dos produtos está relacionada a uma queda nos lotes que têm chegado no Porto de Suape, em Pernambuco. Segundo Marcos Antônios, o calendário de recebimento está em dia, mas a última entrega teve um déficit quantitativo, que, após a divisão entre estados do Nordeste, a quantidade que chegou à Paraíba foi insuficiente.
Segundo o presidente, a redução, além de causar prejuízo aos consumidores finais, gera impacto direto para o cotidiano das revendedoras.
“Estamos recebendo por cota, não importa se agente encomenda uma quantidade maior, recebemos menos, apenas o que pode ser distribuído, e é insuficiente”, explicou Marcos Antônio.
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Sobre as possibilidades de aumento, ainda não é possível fazer uma análise nesse sentido, mas o risco está presente a depender do tempo que pode levar até que tudo seja normalizado. Quando há risco de desabastecimento, é comum que a população procure estocar o produto. Por isso, o presidente do sindicato alertou para os cuidados:
“É importante se certificar que a revendedora é autorizada e pedir que o material seja pesado, para que não haja ainda mais prejuízo, seja financeiro ou em relação a segurança”, afirmou Marcos Antônio.
PB Agora