As chuvas caídas em João Pessoa desde o final de semana passado continuaram causando transtornos à população pessoense na manhã de ontem com queda de uma gameleira centenária no Parque da Lagoa, dezenas de pontos de alagamentos, deslizamentos de barreira e casas invadidas pela água. Entre as manhãs da terça e de ontem, a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa) registrou 139 milímetros de chuva em João Pessoa, o equivalente a 54% da média histórica de todo o mês de maio para a cidade. Na Paraíba, quatro reservatórios estão sangrando, em consequência das chuvas registradas nos últimos dias.
Os maiores índices pluviométricos foram anotados nos bairros Cristo Redentor (105mm), Altiplano (92,8mm), Manaíra (68,6mm) e Centro (54,6mm). A Defesa Civil de João Pessoa recebeu dezenas de chamadas de emergência por conta dos alagamentos, mas segundo o coordenador do órgão, Noé Estrela, a preocupação maior foi com as famílias que residem em comunidades ribeirinhas, a exemplo dos moradores das comunidades São Rafael, Tito Silva, Padre Hildon Bandeira, e Bairro São José, onde algumas moradias foram invadidas pela água. 15 foi o número de chamados que a Defesa Civil de João Pessoa recebeu entre a terça e a quarta-feira.
Quatro reservatórios estão sangrando na Paraíba, em consequência das chuvas registradas nos últimos dias. Os reservatórios Vazante (Diamante), São José II (Monteiro), Taperoá II (Taperoá) tinham atingido seus volumes máximos no mês passado e, com as chuvas dos últimos dois dias, o reservatório de Marés (João Pessoa) começou a sangrar.
O ranking das chuvas
da Aesa neste mês é liderado pela capital (139mm), seguido pelos municípios Conde (98mm), Cruz do Espírito Santo (96,5mm), Capim (85,4mm) e Cabedelo (65,7mm). Já as cinco cidades onde mais choveu em 2017 são Mataraca (750,5mm), Pedra Branca (725,7mm), Diamante (723,5mm), Mato Grosso (714,6mm) e Cajazeiras (691mm).
A Sala de Situação da Aesa, também conhecida como Centro de Gestão de Situações Críticas, funciona em Campina Grande e monitora a variação climática de forma ininterrupta em todo o Estado, possibilitando a prevenção de eventos críticos como secas e enchentes. “Nossos técnicos trabalharam em sistema de plantão, acompanhando em tempo real os dados enviados pelas estações meteorológicas”, destacou o presidente da Aesa, João Fernandes.
Redação
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