Uma cidade debaixo d`´água. Árvores, placas e tapumes derrubados, semáforos sem funcionar, queda de postes, suspensão de energias, desvios e cancelamento de voos. As fortes chuvas que caem em João Pessoa, acompanhadas de ventanias, causaram transtornos e destruição na Capital paraibana.
A ventania de até 74km/h e as chuvas registradas em João Pessoa causou um rastro de destruição. João Pessoa é uma das 136 cidades da Paraíba que está sob alerta laranja de perigo de chuvas intensas, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na quinta-feira (15). Pelo menos, cinquenta árvores caíram após as fortes chuvas registradas em João Pessoa entre essa quinta-feira (15) e esta sexta-feira (16). Além disso, portões, telhados e outdoors também foram arrancados pela ventania. As ocorrências foram registradas no bairro dos Bancários, Mangabeira, Cristo, Rangel, Colinas do Sul, Manaíra, Bessa, Altiplano, entre outros.
Segundo os dados do Iate Clube da Paraíba, os ventos registrados na madrugada foram de em média de 27 nós, que equivale a 50 km/h, com um pico de 40 nós, que equivale a 74 km/h. Conforme o órgão, em condições normais a média varia de 8 a 10 nós, que é entre 14 e 18 km/h.
Conforme a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), 62 árvores caíram em diversas ruas, escolas, no Parque Sólon de Lucena, na Lagoa, e em bairros da capital. Na Avenida Pedro II, no bairro da Torre, pelo menos cinco árvores da Mata do Buraquinho caíram por cima do muro do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e interditaram a calçada.
Pelo menos mais cinco árvores também caíram no Parque Parahyba 1, no Jardim Oceania. No mesmo bairro, uma árvore caiu por cima de carros que estavam estacionados na calçada da Escola Municipal Frei Albino.
A ventania também provocou a queda de um poste no KM-18 da BR-230, próximo ao viaduto da Avenida Ministro José Américo de Almeida, a Beira Rio, no sentido João Pessoa-Cabedelo.
Devido a queda do poste, a energia elétrica também foi afetada em vários bairros, devido a objetos arremessados na rede elétrica por causa das rajadas de ventos.
Por causa da ventania, um voo foi cancelado e outros quatro foram desviados para outros aeroportos durante a madrugada. Segundo a empresa Aena, responsável pela administração do Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, por causa das condições meteorológicas, o aeroporto opera por instrumentos, e está aberto para receber pousos e decolagens
A Aena explicou que os pousos e decolagens são afetados majoritariamente por decisões operacionais das tripulações e das companhias aéreas, seja por ventos fortes, alta incidência de chuvas, contingenciamento de tráfego aéreo e outros fatores, mesmo que o aeroporto esteja aberto e apto a operar.
A empresa recomenda que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para verificar as situações dos voos antes de embarcar.
Restabelecimento da energia elétrica. Conforme a Energisa, concessionária que fornece energia elétrica para o município, as chuvas causaram prejuízos à rede elétrica em diversos bairros de João Pessoa e da Região Metropolitana, prejudicando o fornecimento de energia. Os danos foram causados por objetos arremessados na rede, por causa das fortes rajadas de vento, além da queda de árvores.
Pelo menos 20 mil unidades consumidoras foram afetadas e a previsão de retorno do fornecimento para estas unidades não foi divulgada até às 7h40.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam nesta quinta-feira (15) que João Pessoa registrou apenas nas últimas 12h um volume de 45,32 milímetros de chuva.
As áreas mais afetadas na cidade, contudo, são Cuiá (54,4mm), Tambauzinho (53,8mm) e Grotão (53,4mm).
De acordo com a coordenação da Defesa Civil de João Pessoa, a preocupação principal de momento é com o aumento considerável do volume do Rio Jaguaribe.
Devido ao risco de transbordamento, foram monitoradas duas áreas do rio. A do bairro São José e a do Rio do Meio. Segundo a Defesa Civil ainda não houve transbordamento, mas essa possibilidade não está descartada.
A Defesa Civil pediu para que a população, principalmente durante esse período de chuva, evite acondicionar sacolas plásticas com resíduos sólidos nas calçadas e vias, para evitar que a chuva leve-as para bueiros e galerias.
SL
PB Agora