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Citado em reportagem, padre entrega cargo na prefeitura do Conde, PB, após caso de exploração sexual

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Citado na reportagem veiculada pelo Fantástico com envolvido nos casos de exploração sexual na Igreja Católica da Paraíba, o padre Severino Melo, enviou uma carta à prefeita do Conde, Márcia Lucena (PSB), nesta segunda-feira (21), com um pedido de exoneração do cargo de secretário-chefe de Gabinete da administração municipal.

 

Em carta encaminhada à prefeita, o padre afirma que “a decisão de afastar-me não significa aceitação tácita de imputações jamais comprovadas de supostos desvios éticos acontecidos em minha longa e frutífera prática sacerdotal”. Confira a carta na íntegra no fim da matéria.

A decisão foi tomada após a repercussão da matéria veiculada pelo Fantástico, a respeito da condenação da Arquidiocese da Paraíba por supostos abusos sexuais de religiosos contra crianças e adolescentes. O nome de Severino Melo aparece entre os quatro sacerdotes apontados como responsáveis pelos abusos. As vítimas relataram relações sexuais também com Jaelson Alves de Andrade, Ednaldo Araújo dos Santos e Rui da Silva Braga, além do então arcebispo Dom Aldo Pagotto.

 

A prefeita do Conde, Márcia Lucena disse, a propósito do pedido, que respeita e acata “a decisão do padre Severino, auxiliar sobre quem posso dar meu testemunho de correção, de lealdade e de responsabilidade no exercício de suas funções”.

O religioso está licenciado do cargo na prefeitura do Conde, enquanto faz visita a parentes na Bahia. Ele foi admitido na equipe de governo ainda no início da gestão de Márcia Lucena. Pesou para a contratação os trabalhos sociais desenvolvidos na cidade. A nomeação ocorreu em 2017, apesar de as denúncias já serem conhecidas na época.

 

A Arquidiocese da Paraíba foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar uma indenização de R$ 12 milhões, em decisão que ainda cabe recurso. Os casos denunciados e a ação movida pelo Ministério Público do Trabalho ganharam repercussão pela primeira vez em 2014, com uma carta escrita por uma fiel. Ela denunciou inúmeros casos de abusos na Igreja. Em meio às denúncias, Dom Aldo Pagotto renunciou ao cargo em 6 de julho de 2016.

 

Redação

 


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