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CMJP debate voto consciente

Importância do voto consciente nas eleições é debatida no plenário da Câmara

 

Autoridades se revezaram na tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para falar, durante audiência pública, sobre a importância do eleitor votar com consciência na escolha dos seus representantes políticos no pleito de outubro deste ano. Alguns acharam que as campanhas de conscientização estão, aos poucos, mudando a cultura da sociedade e defendem punição severa para quem compra e para quem vende o voto.

 

A audiência foi uma propositura do vereador Nélson Lira (PT) e contou com a presença do deputado federal Luiz Couto (PT); do curador do Cidadão, promotor Valberto Lira (representando o Ministério Público Estadual); do delegado da Polícia Federal Derly Brasileiro; do juiz Romero Carneiro, da 76ª Zona Eleitoral; do secretário-chefe do Tribunal de Contas da União (TCU) na Paraíba e presidente do Fórum de Combate à Corrupção (Focco), Rainério Rodrigues Leite; dos vereadores Geraldo Amorim (PDT) e Bosquinho (DEM); além de presidentes de entidades e lideranças políticas de alguns bairros da cidade.

 

Nélson Lira abriu a audiência pública e justificou que a discussão do tema é de fundamental importância, principalmente em período eleitoral. Para ele, a Câmara, ao abordar o assunto, está cumprindo com seu papel de cidadania e ajudando diretamente com o aperfeiçoamento do sistema político-eleitoral. “Precisamos conscientizar a sociedade sobre a importância de escolher bem os seus representantes”, declara.

 

Já o deputado Luiz Couto acredita que a ‘Lei da Ficha Limpa’ só terá grande avanço quando for implantada, efetivamente, com a reforma política que está em tramitação no Congresso Nacional. Ele defende a extinção dos financiamentos privados de campanha e lamentou o uso, indiretamente, da máquina nas eleições. Couto propôs o fim da reeleição e a ampliação do mandato parlamentar. Para o juiz Romero Carneiro, as campanhas de conscientização precisam ser mais enfatizadas, estimuladas e alcançar todas as camadas da sociedade. O magistrado não escondeu sua preocupação no sentido de que no pleito deste ano o eleitor fique sem votar porque seu título foi extraviado e ele não solicitou uma segunda via.

 

O delegado da PF, Derly Brasileiro, entende que uma mudança mais efetiva e concreta nos costumes do eleitorado brasileiro está ligada a uma modernização na educação do país. Brasileiro acredita, entretanto, que o nível de conscientização vem mudando gradualmente devido as campanhas promovidas pela Justiça Eleitoral e o Ministério Público. “Se a gente analisar, houve uma mudança positiva de 2008 para cá. Para se ter uma idéia, a Polícia Federal vem recebendo menos denúncias do que as registradas no pleito anterior”, comenta.

 

O curador Valberto Lira observou que a sociedade ainda está passando por um processo de conscientização. Na sua visão, não é fácil para o país tentar reverter um quadro que já vem desde o descobrimento do Brasil. “Nós vamos mudar, agora, eu acredito que quem vai ver isso serão os nossos bisnetos”, diz. Lira defende punição para quem compra e vende o voto.

 

Focco e adesivagem

 

O presidente do Focco, Rainério Rodrigues, anunciou que no domingo (29) o Fórum e as entidades que o integram vão realizar no Busto de Tamandaré (na divisa das praias de Tambaú e Cabo Branco) uma campanha de conscientização sobre a importância do voto consciente. Na oportunidade, serão distribuídos adesivos, com mensagens como ‘Eleições limpas, eu não vendo meu voto’ e ‘Voto vendido, povo vencido’, às pessoas que passarem pelo local.

 

Além do Focco, o evento contará com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). Durante a audiência, Rainério destacou que toda campanha de conscientização, apesar de não ter um efeito rápido, começa a plantar uma semente na cabeça das pessoas. Segundo ele, com o passar do tempo, essa semente se transforma e a sociedade começa a mudar seu pensamento de que o voto consciente traz resultados positivos.

 

O vereador Bosquinho ocupou a tribuna para relatar alguns casos, mesmo que de forma genérica, de pessoas que não se preocupam em vender seu voto e fez um alerta sobre o prejuízo que o voto concedido sem responsabilidade pode causar ao pleito.

 

 

Assessoria

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