Apresentação, que é fruto de parceria com o Tribunal de Contas da Paraíba, será aberta ao público e tem início às 19 h
Sob a regência do maestro Laércio Diniz, e a participação de Patrizia Biccirè, considerada uma das melhores cantoras italianas da atualidade, a Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa executará no próximo sábado (13), às 19 horas, um programa de peças que proporcionará uma verdadeira viagem ao mundo da ópera.
O concerto, que é parte de um conjunto de apresentações mensais fruto de uma parceria firmada com o Tribunal de Contas da Paraíba, será aberto ao público e acontecerá no Centro Cultural Ariano Suassuna, anexo à sede do TCE, em Jaguaribe, na Capital.
“Neste concerto teremos a possibilidade de ouvir esplêndidas aberturas de ópera tocadas pela nossa orquestra. E também uma das melhores cantoras italianas da atualidade, Patrizia Biccirè: uma belíssima voz, com uma notável carreira internacional, que nos brindará com distinguidas pérolas do repertório operístico italiano, colhidas direto de seu coração e encarnadas na sua primorosa voz”, comentou o maestro a propósito da convidada internacional e das peças escolhidas, que vão de G.Verdi a Puccini, Vivaldi e Ponchielli. E em seguida fez, também, um breve resumo da história da ópera| – transcrito abaixo.
A ÓPERA NA HISTÓRIA
A ópera é um drama musical que reúne em um só lugar elementos como música, artes cênicas, teatro e dança. Em italiano, a palavra ópera significa trabalho ou obra e a idéia mais aceita é de que a ópera surgiu, como a conhecemos, na Itália, na época do Renascimento, no final do século XVI, quando dramaturgos, músicos, cantores e poetas se congraçavam e produziam espetáculos denominados de “comédias madrigais”.
Na primeira metade do século XVIII, o cantor se torna a figura central da ópera e os Castrati (homens castrados na infância para que permanecessem com uma voz aguda feminina e a potência masculina) passam a ser muito bem pagos e aclamados por toda a Europa. Os coros eram pouco utilizados e a orquestra era mais um acompanhamento para que os cantores demonstrassem as suas agilidades vocais.
Na segunda metade do século XVIII, a história se mostra tão importante como os talentos do cantor e é então introduzida a abertura no início da ópera para ambientar a audiência. Mozart confere uma nova direção à ópera pela sua espontaneidade e, neste período, emergem duas fortes vertentes, a italiana e a alemã, sendo próprio registrar que a francesa encontra o seu lugar entre as duas.
No século XIX, na Escola italiana, o cantor ressurge como figura principal, aparecendo o estilo Bel canto com compositores como Rossini, Bellini e Donizetti e a música se revela tão dramática como a história. Verdi (Aida, Traviata e Falstaff) uniu o mundo da ópera italiana e alemã e Puccini estréia logo depois de Verdi, representando a Escola realista (La Bohème, Madama Butterfly).
Da Alemanha desponta Wagner como o maior representante do seu país e nesse mesmo século irrompem as Escolas nacionalistas e folclóricas, lideradas pela Rússia, com Glinka, Borodin, Korsakov e Tchaikowsky, e Escolas nacionalistas de outros países na Europa e fora dela.
PROGRAMA DO CONCERTO
Com aberturas de compositores de ópera Italianos e solos para soprano e orquestra, o programa completo da apresentação intitulada “O mundo da ópera” é o
seguinte:
G. Verdi (1813-1901): Abertura – “La forza del destino”
R. Leoncavallo: Pagliacci – “Qual fiamma avea nel guardo”
A. Vivaldi (1678-1741): “L’incoronazione di Dario” – Overture
G. Puccini: Gianni Schicchi – “O mio babbino caro”
INTERVALO
A. Ponchielli (1834-1886): La Gioconda – “Dança das horas”
G. Puccini: “Un bel dì vedremo” de “Madama Butterfly”
G. Puccini (1858-1924): La Bohème – “Valsa da Musetta”
G. Puccini: La Bohème – “Si, mi chiamano Mimi”
Redação