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Concessionária de energia localiza ‘gatos’ em bairro de João Pessoa

No primeiro dia de operação deflagrada pela Concessionária de Energia Elétrica na Paraíba (Energisa), nesta segunda-feira (7), para combater o furto de energia elétrica no bairro do Bessa, orla marítima de João Pessoa, foram constatadas dez unidades consumidoras que, segundo a assessoria da empresa, estavam furtando energia. Das dez, quatro foram periciadas e, neste caso, os responsáveis pelo furto, além de responderem criminalmente, poderão pagar por toda a energia desviada durante o período em que durou a fraude, ainda segundo a Energisa.

Os proprietários dos seis imóveis que não foram periciados devem responder apenas administrativamente, pagando toda a energia que foi desviada. As estimativas de quanto as pessoas que fizeram ligações clandestinas vão pagar são feitas com base no tipo de fraude e também em estudos que revelem há quanto tempo o popular ‘gato’ existia.

Segundo a Energisa, as equipes devem verificar a suspeita de fraudes em 780 unidades consumidoras no bairro. A operação de fiscalização, feita pelo Departamento de Medição e Combate a Perdas da concessionária, ocorre até a sexta-feira (11).

Prejuízos
Nos últimos 12 meses, a Energisa calcula que foram desviados em todo o Estado 131 GWh de energia, o que significa uma perda de arrecadação de R$ 12,5 milhões aos cofres públicos.
A operação terá a participação de 26 equipes da Energisa e acompanhamento da polícia. O Bessa foi escolhido com base em dados técnicos apurados pelo Centro de Inteligência de Combate a Perdas da concessionária que apontam elevado índice de desvio de energia no bairro.

Risco de morte
Além dos prejuízos financeiros, a utilização de ‘gatos’ pode causar graves acidentes. O furto de energia elétrica representa risco de morte, tanto para os que interferem no sistema elétrico sem o conhecimento da distribuidora de energia, quanto para os usuários das unidades nas quais se identifica o furto.

Punição
Os consumidores que forem flagrados furtando energia responderão a processo por crime contra o patrimônio, podendo pegar até 8 anos de prisão, e ainda terá que pagar em dinheiro o valor de toda a energia desviada. As ligações irregulares também provocam queda na qualidade do fornecimento de energia elétrica, já que sobrecarregam o sistema elétrico.

G1

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