O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Região Metropolitana de João Pessoa (RMJP) registrou a oitava queda seguida em agosto, com leve retração de 0,36% no contraponto com o mês anterior. O índice passou de 97,54 pontos em julho de 2015 para 97,19 pontos neste mês. Segundo o Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP), que realizou a pesquisa, este resultado é o mais baixo dos últimos seis anos, quando marcou 98,29 pontos em junho de 2009.
“Esse desempenho negativo da confiança do consumidor pode ser atribuído, em parte, à persistência de fatores negativos, tais como: inflação em alta, juros elevados, dificuldade na obtenção de crédito, aumento do desemprego e queda na renda real do trabalhador.
A expectativa é que o indicador de confiança caia no próximo mês influenciado pelos novos aumentos das tarifas de energia elétrica e gás de cozinha”, alertou o Presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros.
Na comparação anual, de agosto deste ano com o mesmo mês de 2014, o ICC retraiu 10,43%, caindo de 108,50 para 97,19 pontos. No acumulado do ano, a redução foi de 13,57%. Os resultados mostram que os consumidores estão na fase de pessimismo perante a atual situação econômica do país. Isto acontece quando o indicador de confiança fica abaixo dos 100 pontos. Já que a escala de pontuação que mede a confiança do consumidor varia de 0 a 200, na qual acima de 100 pontos indica otimismo e abaixo disso, pessimismo.
Na avaliação por gênero, a pesquisa revelou que a redução da confiança foi maior entre as mulheres (-0,48%), atingindo 97,67 pontos neste mês. Entre os homens (-0,18%) o índice marcou 96,65 pontos neste mesmo período. Com relação à renda, os consumidores com rendimentos até dois salários mínimos foram os que apresentaram maior decréscimo (-1,98%). Já no que condiz à escolaridade, os que possuem Ensino Superior completo registraram maior retração na confiança (-0,83%). Por estado civil, os consumidores solteiros foram os que tiveram o maior recuo (-1,43%).
O ICC é composto por dois subíndices: o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede a confiança do consumidor em relação à sua situação atual; e o Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), que calcula o sentimento do consumidor em relação à sua situação futura. Em agosto de 2015, o ICEA apresentou uma retração de 1,35%, enquanto que o IEC registrou uma leve alta de 0,44%.
Com relação à situação atual, a parcela de consumidores que avaliaram como “melhor” a situação familiar, caiu de 16,42% em julho para 14,68% neste mês. Entre os quesitos sobre a situação futura da família, subiu de 46,89% em julho para 48,10% em agosto deste ano o número de entrevistados que a avaliaram “como melhor”. Na avaliação dos consumidores em relação à estabilidade de seus empregos, caiu a parcela de pessoas que se sentiram “seguros” ou “extremamente seguros”, saindo de 49,84% em julho para 39,49% neste mês.
A pesquisa foi realizada nos dez primeiros dias do mês com cerca de 400 entrevistados escolhidos de forma aleatória na Região Metropolitana de João Pessoa, em pontos de maior concentração de consumidores. A sondagem tem por objetivo fazer um diagnóstico de informações econômicas construídas a partir de respostas sobre as condições correntes e futuras esperadas pelos consumidores em níveis micro e macroeconômicos.
Redação
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