Em sessão realizada na manhã desta quarta-feira (15), o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decidiu, por unanimidade, acolher a denúncia que trata como organização criminosa o grupo que tem como integrante o prefeito afastado de Cabedelo, Leto Viana, além da primeira-dama e outros servidores públicos investigados na operação Xeque-Mate.
O processo teve a relatoria do vice-presidente do TJPB, o desembargador José Benedito da Silva. Na ação, também ficou mantida a domiciliar da primeira-dama. Ao todo são 26 réus inseridos no processo. Nesta quarta, entretanto, apenas 9 processos foram detalhados.
A partir deste momento, o processo seguirá sob demanda do tribunal. A denúncia foi protocolada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra 26 envolvidos na Operação Xeque-Mate, que desarticulou esquemas de corrupção no município de Cabedelo, na Grande João Pessoa.
ENTENDA O CASO
O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba, sob a relatoria do desembargador João Benedito da Silva (vice-presidente do TJPB), deu início ao julgamento da Notícia Crime nº 0001048-10.2017.815.0000 para decidir acerca do recebimento, ou não, da denúncia. A ação foi apresentada pelo Ministério Público Eestadual contra o prefeito afastado de Cabedelo, Wellington Viana França (Leto Viana), e outros oito investigados na ‘Operação Xeque-Mate’. Depois de ouvir o relatório, o procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, apresentou parecer oral pelo recebimento da denúncia e pela manutenção das prisões preventivas.
No total, o processo envolve 26 pessoas, mas a Notícia Crime avalia apenas os acusados que estão presos, preventivamente. Os demais respondem ao processo em liberdade. Além do prefeito de Cabedelo e da primeira-dama do município e vereadora afastada, também foram denunciados o presidente da Câmara Municipal afastado, Lúcio José do Nascimento Araújo; entre outros vereadores e servidores municipais. Eles são investigados por corrupção na Administração Pública.
Antes de ler o relatório, o desembargador João Benedito da Silva analisou um pedido de adiamento do julgamento feito pelo advogado de defesa do prefeito de Cabedelo e da primeira-dama. O advogado Jovelino Carolino Delgado Neto alegou que estava impossibilitado de participar da sessão devido a um tratamento dentário. Para isso, enviou um atestado médico. Ao avaliar o pedido de adiamento, o relator fez questão de ouvir, da tribuna, os demais advogados que defendem os outros sete denunciados. Todos foram contrários ao adiamento da sessão e pela continuidade do julgamento.
Redação
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