A ação desenvolvida durante todo o dia de sábado (18) pela Comissão da Mulher do Creci-PB no município de Patos, como parte da campanha nacional Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, se mostrou das mais positivas, ao proporcionar consulta gratuita pela psícóloga Alanne Farias na Clínica Integrada AYA, situada no 9º andar do Edifício Milindra Empresarial Center, a corretoras (8) e corretores de imóveis (2).
Segundo Alanne, em várias áreas da saúde a procura pela promoção e qualidade de vida pelo público feminino é significativamente maior se comparada ao público masculino, o que se deve também à estrutura na qual a nossa sociedade e cultura foram construídas, onde os homens se sentem um símbolo de força e muitas vezes descartam qualquer possibilidade de abordar situações que lhe trouxeram algum sofrimento, daí a necessidade de eles buscarem esses serviços de maneira mais frequente.
Ela percebeu que há uma exigência muito grande por parte dos profissionais do setor imobiliário em atingir suas metas, alcançar a excelência no mercado e, além disso, para muitos, tem sido realmente desafiador lidar com a revolução tecnológica ocorrida nos últimos tempos.
“Ademais, a pandemia acarretou inúmeros sofrimentos que, por muito tempo estiveram ‘adormecidos’, vez que todos seguiam suas atribuições sem se deparar com a grande turbulência que é imergir em seus próprios pensamentos e na própria compreensão que as pessoas têm de si, do mundo e de seu futuro. Voltar a atenção para si, no silêncio do ‘home care’, pode ser também ensurdecedor”, acrescentou.
Depressão, ansiedade e pânico
Entre alguns sinais de alerta, que podem surgir, inicialmente de maneira bem sutil – e posteriormente, se não realizado um tratamento, podem chegar a se agravar – a profissional da saúde elencou dificuldade para dormir ou fadiga excessiva, desânimo para fazer atividades que antes proporcionavam prazer, irritabilidade, instabilidade de humor, apatia, quedas de cabelo, tremores, taquicardia, sudorese, pensamentos acelerados, dificuldade para respirar ou sensação de que não está respirando corretamente, agitação, temor de que algo ruim possa ocorrer com sí próprio ou com aqueles com quem convive.
Suicídio
Alguns dos sinais de alerta são o isolamento, apatia constante, frases relacionadas à desesperança, como por exemplo: “não vejo mais sentido na minha vida”; “queria que tudo isso acabasse”; “queria poder dormir e nunca mais acordar” e “eu não aguento mais”. Para aqueles que se identificam com algum desses pensamentos, Alanne destaca a importância de conversar com alguém e falar sobre como está se sentindo, além de procurar ajuda especializada.
“Um profissional irá orientar acerca de todo o processo de tratamento necessário para atenuar o sofrimento que está sendo experienciado no momento e trabalhar, junto do paciente, estratégias para enfrentar e construir pensamentos mais assertivos e funcionais”, orientou
Por fim, ela considerou bastante louvável a iniciativa de viabilizar formas de apoio efetivas, de agir para salvar vidas, da Comissão da Mulher do Creci-PB em Patos, composta por Juliana Gadelha (coordenadora), Layse Santos, Maria Clara Medeiros, Ivanilda Santos, Marleide Oliveira e Edmara Brandão.
PB Agora