“Quem errou foi o todo o partido”. O desabafo é do deputado estadual Buba Germano (PSB) ao lamentar a crise que se instalou no PSB paraibano e que ainda não chegou ao fim. Segundo ele, a legenda que elegeu oito deputados, um governador, um senador e um deputado federal deveria, logo no pós eleição, ter convocado uma reunião com os eleitos para fazer os encaminhamentos, discutir estratégias, traçar metas e pautas, todavia, nada aconteceu.
“Eu faço aqui uma autocrítica ao partido. O partido errou a partir do momento que terminou a eleição, que elegeu oito deputados, não houve sequer uma reunião para pautar uma condução de procedimentos. Eu falo o partido porque até hoje todo mundo sabia que diziam inclusive que ele era pau mandado de Ricardo, era essa classificação que davam, eu não quero assim considerar. Eu respeito as pessoas, apesar das diferenças”, disse.
E continuou: “Quem errou foi todo o partido. Eu estou lhe dizendo que eu como membro nato, passou uma eleição, não fui convidado para nenhuma reunião para discutir os encaminhamentos. Não houve nenhuma nem para discutir processo de eleição de Mesa, nem de absolutamente nada. E hoje a gente procura culpados dos erros estratégicos, pra que? Todos partidos cometem equívocos. O partido que mais briga é o PT e depois eles unificam a linha”.
Por enquanto, Buba evita se posicionar em que lado está, se de João Azevêdo ou Ricardo Coutinho, se atendo apenas a deixar claro que é governo. Em pronunciamento na tribuna da Casa, nesta quarta-feira (09), o parlamentar parabenizou a gestão João por dar continuidade às obras iniciadas nas gestões Ricardo Coutinho.
“Nós vamos continuar em defesa de um governo que eu acredito. Quero enaltecer o esforço que o governo João está fazendo para dar sequência a um elenco de obras que já vinham em andamento e nós estaremos aqui, todos os dias, os senhores fazendo o papel dos senhores em jogar pedras em quem dá bons frutos e a gente defendendo a vida dos paraibanos. Eu tenho orgulho de fazer parte de um partido que transformou a vida dos paraibanos”, emendou.
Ele lembra, inclusive, que sua esposa, a ex-deputada Gilma Germano chegou a fazer dobradinha na disputa de 2010 com Edvaldo Rosas, que disputava uma vaga à Câmara Federal, mas nos pleitos posteriores ele fez dobradinha com o deputado federal Efraim Filho (DEM) em reconhecimento ao que ele tinha feito pelo município de Picuí enquanto ele (Buba) era gestor da cidade.
“Em todas as eleições que eu participei diziam que eu não me elegia, que eu só tinha voto em Picuí, e era interno dentro do partido (PSB). Isso é bom ou ruim? Gilma em 2010 fez parceria com Edvaldo Rosas, em Nova Floresta, ele como deputado federal, e eu sempre procurei sempre ser muito correto, ter gratidão as pessoas que me ajudaram, inclusive votei a minha vida toda em Efraim Filho, porque quando fui prefeito sei o que ele fez pela cidade, ele se seu pai, Efraim, por isso não vejo nada grave que não possa Ricardo e João possam dar um passo atrás pensando na construção de 2020. Já para 2022 não me perguntem pois não tenho uma varinha mágica. Isso é um processo natural”, arrematou.
No início desse ano, Buba chegou a ser cotado para presidência da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba para o segundo biênio, mas acabou tendo a postulação sepultada por membros do próprio partido. Nos bastidores, a informação é de que ele seria o candidato escolhido pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e que por isso, em solidariedade ao apoio, teria assinado a lista que culminou com a dissolução do partido e implodido a agremiação.
PB Agora
