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IBGE: Extrema pobreza na Paraíba fica em 7,4% em 2023, quase dois pontos percentuais abaixo da média do Nordeste

Pxhere: Domínio Público

A Paraíba registrou, em 2023, um percentual de 7,4% da população vivendo em situação de extrema pobreza, representando cerca de 300 mil pessoas. Esse índice, embora superior à média nacional (4,4%), está abaixo da média da região Nordeste, que foi de 9,1%. O dado reflete a proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de extrema pobreza definida pelo Banco Mundial (US$ 2,15 PPC por dia ou R$ 209 por mês). As informações fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024, divulgada nesta quarta-feira (04) pelo IBGE.

Apesar desse destaque, outros indicadores socioeconômicos do estado mostram desafios significativos. O percentual da população paraibana com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza monetária (US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 665 por mês) era de 47,4%, um número que supera a média brasileira (27,4%) e ligeiramente ultrapassa a média nordestina (47,2%).

Em termos de desigualdade, a Paraíba apresentou o maior Índice de Gini do Brasil em 2023, com 0,584, indicando a maior concentração de renda entre os estados. A média do Nordeste ficou em 0,509, enquanto a do Brasil foi de 0,494. Na capital João Pessoa, o Índice de Gini alcançou 0,629, o maior entre todas as capitais brasileiras.

Outro dado relevante é a razão 10/40, que mede a diferença entre os rendimentos médios dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres. Na Paraíba, essa razão foi de 18,6, o maior valor entre os estados. Em João Pessoa, a desigualdade é ainda mais acentuada, com os 10% mais ricos ganhando 26,8 vezes mais que os 40% mais pobres.

A Síntese dos Indicadores Sociais também abordou a desigualdade salarial por gênero e raça. Em 2023, os homens paraibanos tinham rendimentos médios mensais de R$ 2.473, enquanto as mulheres recebiam R$ 2.270, uma diferença de 8,9% — menor que as médias nacional (26,4%) e nordestina (12,5%). No entanto, a desigualdade por cor ou raça mostrou-se mais expressiva, com pessoas brancas ganhando 94,1% a mais que pardos e 152,1% a mais que pretos.

O estudo reafirma os desafios do estado para reduzir desigualdades socioeconômicas, mas aponta avanços em indicadores específicos, como o percentual de extrema pobreza, que se manteve abaixo da média nordestina. A erradicação da pobreza extrema e a redução da desigualdade permanecem como prioridades fundamentais para o desenvolvimento sustentável na Paraíba.

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