Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C): Rendimento de todas as fontes, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revelaram que a Paraíba registrou a segunda maior proporção do país (38,6%) de domicílios que receberam rendimentos de outros programas sociais em 2020, fora o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Segundo os dados, além de ter ficado bem acima da média nacional (23,7%) e abaixo apenas do constatado no Piauí (38,7%), o percentual aponta para um grande salto em relação a 2019, quando era de 0,6%. O levantamento indica que esse aumento é explicado pelo pagamento do Auxílio Emergencial, criado para diminuir os impactos socioeconômicos da pandemia de covid-19 entre os trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados.
Contudo, houve uma grande redução na parcela dos domicílios que receberam rendimento do Programa Bolsa Família. O indicador passou de 31,7%, em 2019, para 12,9%, em 2020, permanecendo acima da média brasileira (7,2%). Também foi observada queda na proporção daqueles que recebiam o BPC, que caiu de 6,4% para 4,9%.
Conforme a analista da pesquisa, Alessandra Scalioni, essa redução se deve à parte dos beneficiários do programa que passou a receber o Auxílio Emergencial. “Se um beneficiário do Bolsa Família recebia um valor menor do que Auxílio Emergencial, ele passava a receber esse auxílio. Então houve uma migração de pessoas que recebiam Bolsa Família para a rubrica do Auxílio Emergencial”, disse.
Da Redação