Apesar do Ministério do Meio Ambiente (MMA) ter publicado em 2014, a Portaria 445 do determinando que estava proibida a captura e comercialização dos guaiamums em qualquer período do ano. Porém, como o goiamum sempre foi uma das iguarias mais requisitadas nos pratos dos brasileiros, a decisão do MMA passou na época por uma série de pressões do setor pesqueiro (industrial e artesanal) e essas medidas foram adiadas. Quem fala do risco de extinção desta espécie na Paraíba é o biólogo e analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Luís Wagner Ferreira Guimarães, que faz a seguinte avaliação do risco: “mais crítica antes de extinta”.
Segundo Luís Wagner, em 2018, ficou estabelecido que a captura e comercialização desse crustáceo só serão permitidas quando as reservas ou locais de pesca estabelecessem Planos de Gestão Local, os quais prevejam medidas para ordenamento, monitoramento e controle que propiciem o uso sustentável da espécie. Neste caso, os catadores que trabalham com esses animais são cadastrados e os comerciantes devem ter comprovante da origem dos goiamuns adquiridos. Sem a documentação, a oferta do guaiamum é considerada ilegal.
Apesar de ameaçado, o guaiamum – que se diferencia do caranguejo pela coloração azulada. “Esse ano, em ações de fiscalização, o Ibama multou alguns bares por comercializarem goiamum sem a certificação de origem”, declarou Luís Wagner. Nestas ações, os animais apreendidos foram soltos próximos à manguezais da região onde se encontravam.
Redação