Detido pela Guarda Municipal, padre acusou Márcia Lucena de autoritarismo; prefeita nega
Na manhã deste sábado (3), no município de Conde, Litoral Sul da Paraíba, a Guarda Municipal deteve o Padre Luciano Gustavo Lustosa da Silveira, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, e o conduziu à delegacia, após ele solicitar a pintura do cruzeiro de frente à igreja.
O líder religioso seguiu a orientação da Arquidiocese da Paraíba, sob a alegação de que o monumento é de pertencimento da paróquia e não da prefeitura, desta forma, deveria receber a cor marrom, cor padrão da igreja e não a cor azul, colocada pela Prefeitura de Conde.
Veja documento:
Na ocasião, o padre declarou que estaria sendo vítima de autoritarismo por parte da gestora municipal, a prefeita Márcia Lucena. “Eu estou sendo preso. A prefeita mandou me prender. Eu troquei a pintura do cruzeiro que é da a paróquia. É uma coisa absurda. A gente fica de boca aberta diante dos desmandos, da arbitrariedade, do autoritarismo. Mas também existe um viés comunista nisso. Nós sabemos que quem é comunista odeia padre, odeia igreja, odeia tudo que é religioso, persegue, não tem caridade por ninguém. Eu estou no meu direito e vou à delegacia e comparecer diante das autoridades para conversar sobre isso,” afirmou o religioso.
Em vídeo postado em seu perfil numa rede social, a prefeita de Conde Márcia Lucena negou qualquer tipo de relação da sua gestão com a voz de prisão dada pela Guarda Municipal ao Padre Luciano. “Não mandei prender ninguém. Não mandei, nem mandaria. Tudo isso será esclarecido pela Polícia Civil, pela Guarda Municipal, porque vou cobrar esclarecimentos, e pela Arquidiocese. A Arquidiocese já está mandando seu jurídico para nossa cidade. Teremos tudo esclarecido”, afirmou a prefeita.
Veja vídeo:
Após colher os depoimentos do agentes da Guarda Municipal, assim como do religioso, o delegado responsável pela ocorrência ressaltou que o acervo cultura da paróquia é de responsabilidade do Padre. “Por entender que o Padre Luciano não cometeu nenhuma infração penal o coloquei em liberdade”, afirmou o delegado.
PB Agora