Em levantamento feito com base nas analises históricas dos últimos políticos que exerceram o cargo de governador na Paraíba, um ponto quase em comum se destaca. E engana-se quem pensa que são os feitos positivos em prol da sociedade paraibana. Pelo contrário! Em cada um deles diversos escândalos também rodearam os mandatos através das décadas.
Wilson Braga – Ao analisar casos, como o do ex-governador Wilson Braga, que em 1982, disputou o governo do estado com Antônio Mariz e elegeu-se com pouco mais e 58% dos válidos, tomando posse em 15 de março de 1983 durante seu governo teve seu nome envolto no caso “Paulo Brandão”. Quando o subtenente da PM (Polícia Militar) da Paraíba, Edilson Tibúrcio de Andrade, em entrevista a uma emissora da capital, que o deputado federal e ex-governador Wilson Leite Braga (PDT) lhe dava R$ 600 por mês em troca de seu silêncio no caso “Paulo Brandão”. Andrade acusa Braga de ter sido o mandante da morte do empresário e jornalista Paulo Brandão Cavalcanti Filho, assassinado com 30 tiros de metralhadora e revólver calibre 38, na noite de 13 de dezembro de 1984, em João Pessoa.
Cavalcanti Filho era dono do jornal “Correio da Paraíba”, que fazia denúncias de irregularidades contra o governo estadual. Na época, Braga era governador e foi indiciado pela Polícia Federal como mandante. Seu nome foi excluído do processo pelo Ministério Público por falta de provas. Sobre esse caso o subtenente divulgou uma carta com os detalhes da suposta trama que Braga teria armado para assassinar Cavalcanti Filho. “Braga procurou comprar meu silêncio até o mês passado, me mandando R$ 600,00 por mês”, disse Andrade em entrevista confira mais detalhes: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/1/05/brasil/27.html
Tarcísio Miranda Burity – Em 1975, foi nomeado secretário da Educação e Cultura do Estado pelo Governador Ivan Bichara, por intermediação de José Américo de Almeida. Através de eleição indireta, como ocorria à época, chegou a governador da Paraíba, em 1979, pela ARENA. Em 1982, renuncia ao cargo, para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, recebendo a segunda maior votação da história da Paraíba: aproximadamente 173 mil votos.
Em novembro de 1986, foi eleito, mais uma vez, governador pelo PMDB (desta vez pelo voto popular) e permaneceu à frente do executivo paraibano entre 15 de março de 1987 e 15 de março de 1991.
Caso Paraiban – Em outubro de 1990, Ronaldo Cunha Lima, candidato do PMDB ao governo do estado, classificou-se para a disputa do segundo turno, no qual derrotou seu adversário Wilson Braga. Pouco antes de assumir o governo, viu o Banco Central (BC) decretar a falência do Banco do Estado da Paraíba (Paraiban). Esse fato levou o governador Tarcísio Buriti a romper com o presidente Fernando Collor (1990-1992) e pouco depois deixar o PRN. Por outro lado, precisava de autorização da Assembleia Legislativa para fazer um empréstimo bancário para pagamento do funcionalismo público. Cunha Lima, recém-eleito mas ainda não empossado, tinha maioria na Assembleia e influenciou os deputados para que não autorizassem o empréstimo. Com isso, Buriti acabou concluindo o mandato com o pagamento dos servidores atrasado quatro meses e rompeu com seu sucessor.
Desde então, iniciou-se um período de divergências políticas entre o governador e o seu antecessor. Cunha Lima passou a creditar a Buriti a culpa pelo fechamento do Paraiban, enquanto este passou a criticar a administração daquele. As relações entre os dois tornaram-se ainda mais tensas em agosto de 1993, quando Buriti acusou o filho do governador, Cássio Cunha Lima, então à frente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), de autorizar a liberação de verbas de forma irregular.
O uso político dessas denúncias acabou causando um sério incidente entre o governador e Buriti. Em 5 de novembro de 1993, Cunha Lima, sentindo-se ofendido por uma entrevista concedida pelo seu adversário à TV O Norte, na qual criticava a atuação de Cássio à frente da Sudene, dirigiu-se a um restaurante na praia de Tambaú, em João Pessoa, onde se encontrava Tarcísio Buriti, e fez vários disparos contra seu desafeto, ferindo-o no rosto e no ombro. Buriti permaneceu vários dias internado, mas acabou se recuperando totalmente dos ferimentos.
Ronaldo Cunha Lima – Em quase 50 anos de carreira política, Ronaldo Cunha Lima assumiu quase todos os cargos eletivos, exceto o de presidente da república. Em 1990, nas primeiras eleições gerais depois da redemocratização, Ronaldo Cunha Lima foi eleito governador da Paraíba. Quando exercia o mandato ele se envolveu no episódio acima citado e mais polêmico de sua vida ao atirar contra o seu antecessor Tarcísio Burity em um restaurante em João Pessoa.
O atentado contra Burity foi em 1993 e ficou conhecido como ‘Caso Gulliver’, nome do restaurante onde aconteceu o crime. O ex-governador chegou a ser preso, mas três dias depois conseguiu a liberdade provisória. A tentativa de homicídio foi supostamente motivada por críticas que a vítima teria feito a Cássio Cunha Lima, que era superintendente da Sudene. Burity sobreviveu e morreu dez anos depois vítima de complicações cardíacas. Esse caso fez com que Ronaldo renunciasse, em 2007, ao segundo mandato de deputado federal.
Cícero de Lucena – Tendo assumido o mandato de governador em 1994, com o afastamento de Ronaldo Cunha Lima para candidatar-se ao Senado, Cícero Lucena com 37 anos de idade, tornou-se o governador mais jovem a assumir o governo da Paraíba. Durante sua trajetória política Cicero teve seu nome envolto no caso ‘Confraria’, que lhe causou severos danos a sua carreira política, sendo que esta foi inocentado do caso dez anos após as primeiras denúncias.
Antônio Mariz – Em 1994, Mariz foi eleito governador da Paraíba pelo PMDB, derrotando, no segundo turno, a candidata do PDT, Lúcia Braga, com 222 mil votos de vantagem. Ronaldo Cunha Lima e Humberto Lucena, candidatos ao Senado na mesma chapa, também saíram vitoriosos. Sua vitória quase foi anulada após um recurso impetrado pelo PMN ao TRE, acusando-o de utilizar a gráfica do Senado para imprimir propaganda eleitoral. Já na campanha, o estado de saúde de Mariz veio se agravando e ele governou por pouco tempo. Faleceu no dia 16 de setembro de 1995, na Granja Santana, residência oficial do governador do estado. A morte foi confirmada pelo médico Ricardo Maia (chefe da equipe que atendia Mariz).
José Maranhão – O atual senador e emedebista, que foi governador por três mandatos teve seu nome citado segundo o jornal Folha de São Paulo na coluna de Reinaldo Azevêdo, em oito processos na Justiça Eleitoral. As ações acusam o peemedebista, que já foi governador da Paraíba, de abuso de poder político e econômico, compra de votos, conduta vedada e uso indevido de meios de comunicação.
Uma das três ações contra Maranhão, referente à campanha de 2002 para o Senado, diz que houve “entrega de ambulâncias e doações com uso nitidamente eleitorais” e “desapropriação de hospital privado em troca de votos”. Sobre essa ação, Ricardo Porto, advogado de Maranhão a época, alega que ele já havia se afastado do governo para disputar as eleições ao Senado e não tinha mais acesso à administração do Estado da Paraíba.
Leia na integra no link: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2211200805.htm
Roberto Paulino – Assumiu o Governo da Paraíba, em, 06 de abril de 2002, quando Maranhão deixou seu segundo governo para disputar o Senado. Em 2009, seu adversário político o então deputado estadual, Zenóbio Toscano (PSDB), denunciou o que ele chama de “Trafico de Influência” do ex-governador Roberto Paulino (PMDB) durante sua gestão como governador da Paraíba, junto ao Moinho Dias Branco no ano em que beneficiou sua família diretamente ao assinar um aditivo no protocolo de intenção.
Segundo Zenóbio, o primeiro protocolo de intenções com incentivos fiscais para instalação do Moinho Dias Branco na Paraíba, aconteceu ainda no ano de 2002, durante o ultimo ano de mandato de José Maranhão (PMDB). No primeiro protocolo, Maranhão havia assinado incentivos fiscais na ordem de 80% de descontos. O deputado afirma que, Roberto Paulino, ao assumir os destinos da Paraíba, devido ao afastamento de Maranhão, para disputar uma vaga no senado, teria editado na “calada da noite” em pleno mês de dezembro, um aditivo no protocolo, que alteraria o primeiro, aumentando assim os incentivos de 80% para 99% de incentivos fiscais, além de oferecer outras vantagens para o Moinho.
Para Zenóbio, isso é um dos maiores absurdos que precisa ser passado a limpo, com um dado agravante: “O moinho havia sido doador da campanha de Roberto Paulino, três meses antes de assinar esse incentivos fiscais, e tornou-se a ser doador de campanha da prefeita Fátima Paulino nas eleições de Guarabira, conforme atestam os dados de doadores que se encontram no TSE”, denunciou Zenóbio Toscano. Veja mais: encurtador.com.br/EHIQ8
Cássio Cunha Lima – Eleito duas vezes para o cargo de governador da Paraíba, Cássio teve um dos mais emblemáticos casos de corrupção divulgados na mídia. Alguns desses casos que resultaram na cassação do seu mandato de governador pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, no dia 30 de julho de 2007 por suposto uso de um programa social em benefício de sua candidatura à reeleição durante o período eleitoral de 2006. Dois dias depois, o Tribunal Superior Eleitoral concede uma liminar que lhe garante no cargo de governador até o julgamento final do processo no TSE. Em 10 de dezembro de 2007, Cássio é novamente cassado pelo TRE por suposto uso eleitoreiro do Jornal estatal “A União” também durante a campanha eleitoral de 2006. Através de uma nova liminar, consegue permanecer no cargo.
2008: Tem a sua cassação pelo “Caso FAC” no TRE, confirmada no TSE em 20 de novembro de 2008. Apesar disso, consegue uma nova medida cautelar, por cinco votos a dois, tendo assim tem o direito de ficar no poder até que saia o resultado final do processo. Já em 2009, após julgamento de embargos impetrados ainda em 2008, tem seu mandato cassado em definitivo no dia 17 de fevereiro de 2009, assumindo em seu lugar o segundo colocado nas eleições de 2006, o senador José Maranhão.
Ricardo Coutinho – Em 1º de janeiro de 2011 é eleito governador e em 1º de janeiro de 2015 é reeleito. Ricardo tem seu nome envolto como um os articuladores do escândalo da ‘Operação Calvário’, caso que investiga desvios na saúde do Estado e que vem sendo comandada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
PB Agora
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