O deputado estadual Raoni mendes (DEM) utilizou a tribuna na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nesta terça-feira (22), para cobrar explicações sobre o investimento que a Prefeitura Municipal de João Pessoa fez na Lagoa do Parque Solón de Lucena, na Capital, que custou R$ 37 milhões aos cofres públicos.
Mesmo depois da gestão ter anunciado a retirada de 200 mil toneladas de lixo e alegar que o local teria 3,5 metros de profundidade após a dragagem, um resgate feito no local, na semana passada, comprovou que o assoreamento já atinge a área central da Lagoa ao ponto de uma pessoa encontrar-se de pé e com água na altura da cintura.
Raoni Mendes criticou a qualidade das obras executadas pelo poder público municipal e relembrou os esforços que fez no sentido de esclarecer as inconsistências para que a gestão pudesse reparar erros formais graves na obra da Lagoa. “Vários questionamentos também foram elaborados pela Controladoria Geral da União, encaminhadas ao Ministério Público, além de uma tentativa de formalizar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para esclarecer os pontos mais obscuros daquela obra. Nada disso teve efeito e tudo foi jogado para debaixo do tapete pelo prefeito e por seus correligionários”, ressaltou.
A prefeitura tinha revelado que foram retiradas 200 mil toneladas de resíduos da Lagoa, dentro de um projeto para aumentar a profundidade e, entre outras coisas, impedir o lançamento de esgotos no local. O fato chamou a atenção porque o homem ficou com a água na cintura, em um local que fica a uns 40 ou 50 metros da margem. “Me impressiona a morosidade e a incapacidade na gestão fazer algo que dure. Basta ver as reformas que já estão sendo executadas no Mercado da Torre e os inúmeros reparos na Av. Guedes Pereira, provocados pela água que escoa por aquela galeria”, explicou o deputado.
O parlamentar lamentou o despreparo da Prefeitura e destacou a preocupação para as chuvas, devido o descaso em que foi realizada as obras da Lagoa “A Prefeitura Municipal tem uma forma labrojeira de fazer um remendo em uma obra. É preciso que as autoridades investiguem o ocorrido nesta obra que está à suspeição do desvio de R$ 10 milhões na sua efetividade pelo relatório da Controladoria Geral da União”, cobrou Raoni.
Redação com Assessoria