Seja por religião, cultura ou ideologias, a discussão sobre o aborto no Brasil envolve várias opiniões e temáticas diferentes. Legalizar o aborto é a melhor forma de diminuir a morte de mulheres decorrentes de um aborto? É injusto prender uma mulher por cometer um aborto? Esses e outros questionamentos foram discutidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) através de um debate envolvendo diversas opiniões, nos últimos dias 3 e 6 de agosto, e desde então esse é um assunto recorrente nas rodas de conversa, igrejas ou redes sociais.
Os dados mostram que a Paraíba é o Estado do Brasil que teve o maior crescimento na taxa de abortos entre os anos de 2016 e 2017, segundo relatório do Ministério da Saúde divulgado pela Folha de São Paulo. Com um aumento de 18%, a Paraíba teve uma taxa maior que o Estado do Amapá (17,6%), localizado no norte do país, região com o maior crescimento no número de abortos, durante esse período.
Na opinião do ginecologista e obstetra especialista em Medicina Fetal, Eduardo Borges, é complicado apurar dados precisos de quantas mulheres realmente fizeram abortos provocados, porque dificilmente elas dizem aos profissionais de saúde. “Infelizmente, às vezes esses dados são lançados pela mídia de maneira forte e quando você vai depurar existe um viés estatístico muito importante”, disse.
Anualmente, 262 mulheres morrem no Brasil por complicações em decorrência de um aborto. O relatório do Ministério da Saúde também mostrou que o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 500 milhões nos últimos dez anos por complicações causadas por aborto. Na Paraíba, durante o período de 2014 a 2017 foram gastos 2,8 milhões.
Para Eduardo Borges, que também é presidente da Comissão de Medicina Fetal da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os gastos com a saúde pública não deve ser o único parâmetro para analisar o aborto no Brasil. “Acho que a nossa ação nunca deve ser baseada no gasto público. Vamos permitir (o aborto) para diminuir o gasto? Em cima disso vêm outros gastos, eu vou ter que modificar toda a rede do SUS para ofertar a essa população um atendimento satisfatório, isso tem que ser pesado, a discussão não deve ir por aí”.
Redação
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