A premiação da 6a edição do Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (CINEPORT) aconteceu na noite desta sexta-feira, 11, na Sala Vladimir Carvalho. O prêmio Energisa, que reserva R$ 25 mil para o realizador, foi para o filme ‘Desejo do Morto’, do campinense Ramon Porto da Mota. O filme “Capela”, de Ramon Batista, residente em Nazarezinho, ganhou Menção Honrosa.
O Andorinha Curta Animação ficou para o filme multi premiado “Linear”, de Amir Admoni. O Melhor Documentário foi para “A Comunidade”, da realizadora portuguesa Salomé Lamas. A Andorinha de Melhor Ficção foi dada ao filme “Mulher Mar”, dos irmãos Filipe Pinto e Pedro Pinto, de Portugal. Um júri infantil escolheu como o Melhor Andorinha Criança o filme “Meu Pé de Laranja Lima”, de Marcos Bernstein.
À Noite – A premiação começou por volta das 23h com um show de 30 minutos da cantora Lula Pena que agraciou os presentes com uma música requintada, numa mistura de sons e mostrando seu virtuosismo ao violão, o som agradou os ouvintes.
Após isso, foram entregues os prêmios aos longas que já haviam sido escolhidos previamente por uma equipe de curadores de Brasil, Portugal e África. Entre os discursos emocionados Walter Carvalho (Melhor Fotografia Ficção, por Educação Sentimental, de Júlio Bressane) ressaltou o quanto era importante receber um prêmio na terra onde nasceu. Walter lembrou do Cine Metrópole, que ficava em frente a Usina Cultural Energisa, e onde ele frequentemente assistia filmes.
Outro que demonstrou emoção ao receber o prêmio foi Adirley Queiroz (Melhor Documentário, por “A Cidade É Uma Só”) que ressaltou a importância de pegar o prêmio das mãos de outro Carvalho, Vladimir. Queiroz lembrou a inspiração que foi “Conterrâneos Velhos de Guerra”, filme que Vladimir Carvalho fez em 1990.
A atriz Fernanda Viana, do filme “O Que Se Move”, ao subir no palco para receber o prêmio pelo melhor filme leu um discurso escrito pelo diretor Caetano Gotardo. O direto expressava o respeito ao júri que tinha escolhido o filme como o melhor do Cineport e lembrou outros concorrentes premiados ali que também tinham lhe tocado nos últimos tempos.
O ator Jesuíta Barbosa (Melhor Ator por “Tatuagem”) contou um pouco como foi fazer o filme. Barbosa revelou que o diretor Hilton Lacerda era o homem de coração mais puro que ele conhecia e que dirigia com muito carinho. “É quase como fazer amor. Com carinho a gente faz amor”, lembrou, provocando risos na plateia.
Na premiação para Melhor Atriz Coadjuvante, a angolana Rosa Mário agradeceu a equipe e ao seu descobridor para o filme “Virgem Margarida”, o produtor Pedro Pimenta. O ator Carlos Santos, Melhor Ator Coadjuvante, que ganhou o prêmio pelo filme “Operação Outono”, de Bruno Almeida, agradeceu o prêmio e se mostrou emocionado com o troféu.
A premiação se encerrou com a divulgação do prêmio de Curta Andorinha ficção, documentário e animação. E logo em seguida com a entrega pelo diretor da Energisa Paraíba, André Theobald, do prêmio de R$ 25 mil reais ao realizador do melhor curta paraibano.
Confira abaixo os vencedores:
Curtas:
Troféu Energisa
Melhor Filme – Desejo doMorto, de Ramon Porto da Mota
Menção Honrosa – Capela, de Ramon Batista
Andorinha Curta
Melhor Animação – Linear, Amir Admoni
Melhor Documentário – A Comunidade, Salomé Lamas
Melhor Ficção – Mulher Mar, de Filipe Pinto e Pedro Pinto
Andorinha Longa
Melhor Ator – Jesuíta Barbosa (Tatuagem)
Melhor Atriz – Rita Durão (Vingança de Mulher)
Melhor Atriz Coadjuvante – Rosa Mário (Virgem Margarida)
Melhor Ator Coadjuvante – Carlos Santos (Operação Outono)
Melhor Fotografia Ficação – Walter Carvalho (Educação Sentimental)
Melhor Som – Catharina Apolônio, Ricardo Cutz, Kleber Mendonça, Carlos Montenegro e Gera Vieira (Som ao Redor)
Melhor Montagem – Telmo Churro e Miguel Gomes (Tabu)
Melhor Roteiro – João Viana (A Batalha de Tabatô)
Melhor Direção de Arte – Juliana Ribeiro (Cine Holliúdy)
Melhor Figurino – Rubens Barbot e Gatto Larsen (Esse Amor que Nos Consome)
Melhor Direção – Miguel Gomes (Tabu)
Melhor Filme – Caetano Gotardo (O Que Se Move)
Melhor Fotografia Documentário – Pedro Patrocínio (I Love Kuduro)
Melhor Montagem Documentário – Gonçalo Tocha (A Mãe e o Mar)
Melhor Direção Documentário – Adirley Queiroz (A Cidade é Uma Só)
Melhor Filme Documentário – Joaquim Pinto (E Agora? Lembra-me?)
Andorinha Criança
Melhor Animação – Kátia Machado (produtora de Meu Pé de Laranja Lima)
Assessoria
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