Apesar da expectativa de vida no Brasil ter aumentado e chegar a 76 anos, nem sempre a velhice é sinônimo de saúde e muitas pessoas passam dos 60 anos com uma série de limitações que afetam sua qualidade de vida. Neste sábado (1º), Dia do Idoso, a geriatra do Sistema Hapvida NotreDameIntermédica, Manuela Castro, conta que diversos pontos influenciam nesse período de vida e dá dicas para que a fase seja de autonomia e plenitude.
Conforme a médica, uma das principais atividades que deve ser estimulada para o idoso é o exercício físico regular. Sem qualquer objetivo estético, a atividade ajuda na manutenção da massa óssea e muscular, além de aumentar a força física e até melhorar o funcionamento cerebral – estudos apontam a relação entre a prática e a prevenção de demência.
A socialização também é fundamental para uma qualidade de vida. “Um estudo mostrou que pessoas que viveram mais e melhor são aquelas que têm uma rede de apoio maior, com mais amigos e famílias, sendo pessoas mais felizes”, lista a médica.
Outro ponto que precisa ser estimulado é o de manter hábitos saudáveis. A especialista ressalta que um estilo de vida desregulado, com tabagismo e etilismo, por exemplo, está atrelado a uma série de doenças. Além disso, 80% dos cânceres são causados por maus hábitos de vida, conforme revelado em um estudo publicado na revista científica Nature.
Manuela Castro ainda aponta uma alimentação balanceada, livre de embutidos e ultraprocessados, como uma forma de se preparar para a longevidade saudável. Além disso, o controle de doenças crônicas, com o acompanhamento regular de um profissional de saúde produz impacto considerável no controle dessas enfermidades.
“Muitas pessoas envelhecem e se tornam extremamente dependentes. Mas isso não precisa ser assim, e com essas medidas é possível, desde cedo, tomar medidas seguras para uma vida longa e plena”, pontuou.