O disque denúncia 197 tem agora uma nova função. Além de viabilizar a denúncia os policiais receberam treinamento para orientar as mulheres vítimas de violência que entram em contato com o sistema para denunciar qualquer tipo de atentado sofrido. Os policiais participaram de uma oficina da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana.
De acordo com a gerência do disque denúncia, o número de denúncias realizadas pela população através do sistema aumentou consideravelmente ultimamente. No primeiro semestre deste ano foram feitas 2.320 denúncias oriundas de 100 municípios, enquanto no mesmo período do ano passado foram recebidos 818 registros de 40 cidades.
“Nós vamos servir de ponte entre a vítima e o órgão ao qual ela deve procurar. Hoje o Governo do Estado disponibiliza várias ferramentas de combate a esse tipo de violência, como os centros de referência, as casas-abrigo e as delegacias. É importante destacar que a Delegacia da Mulher é o local para que se faça a queixa e a vítima não pode deixar de procurá-la”, destacou o gerente operacional do disque denúncia, João Micena.
Disque denúncia
A ligação para o 197 é gratuita e pode ser feita de celular ou telefone convencional, de qualquer lugar do Estado. O serviço funciona 24 horas e o denunciante não precisa se identificar. Pelo e-mail gintel.denuncia@ssp.pb.gov.br o cidadão poderá enviar documentos, imagens e vídeos que complementem a denúncia feita por telefone. As principais prisões desencadeadas a partir do 197 podem ser acompanhadas pelo twitter @diskdenunciapb.
As informações repassadas por telefone ajudaram a polícia a prender em flagrante 92 pessoas, apreender 22 armas de fogo, mais de 15 quilos de drogas, 143 máquinas caça-níqueis, além de veículos, motocicletas e mais de R$ 10 mil de tráfico de drogas. O tráfico de entorpecentes e os homicídios são os crimes mais denunciados e correspondem a aproximadamente 55% dos informes.
Violência contra a mulher
Na terça-feira (10), parentes de outras vítimas da violência na Paraíba se reuniram na Secretaria da Diversidade Humana, em João Pessoa, para planejar ações e saber como estão o andamento de outros casos, como o de Aryane, que foi encontrada morta em abril de 2010 no Km 30 da BR-230. Na noite da terça-feira (10) uma adolescente de 13 anos foi assassinada com três tiros no rosto em João Pessoa.
Recentemente também houve o caso da professora universitário Briggida, que foi assassinada dentro de seu apartamento em junho deste ano e o principal suspeito é o ex-marido que está foragido. Em junho, duas mulheres foram esquertejadas e colocadas em sacos plásticos em João Pessoa. Duas mulheres também foram mortas pelos seus companheiros, segundo a Polícia Civil, nas cidades de Boqueirão e Sapé no mesmo mês.
No início do ano, 12 de fevereiro, cinco mulheres foram estupradas e duas delas mortas na cidade de Queimadas, no Agreste da Paraíba. A ONG Centro 8 de março aponta que 86 mulheres foram mortas este ano na Paraíba.
G1
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