Embora os doadores fiéis permaneçam contribuindo com donativos a instituições de beneficentes, em João Pessoa, as doações caíram mais de 50% este ano se comparado com o mesmo período do ano passado. Isso tudo, segundo os administradores dessas entidades, é reflexo da crise econômica no País que tem esbarrado no bolso daquelas pessoas que se dispunham a ajudar seja em alimentos, remédios ou até mesmo em dinheiro. Para manter as atividades, elas estão tendo que se desdobrar, fazendo rifas e/ou campanhas nas redes sociais para sensibilizar a população.
A Vila Vicentina Júlia Freire, no bairro da Torre, está precisando de doações. Segundo o diretor da instituição que abriga 67 idosos, Washington do Nascimento Cardoso, a crise tem afetado o atendimento aos moradores da casa. “A gente tem feito pedido ajuda pelas redes sociais, mas está difícil. Tivemos uma redução de 60% este ano. No ano passado não foi tão difícil como agora”, analisou. Ele contou que a instituição vive de doações e para manter funcionando trabalham 37 pessoas no local. “Nós precisamos de tudo – comida, remédios, fraldas. Recebemos tudo que as pessoas puderem ajudar”, pediu. Ainda segundo o diretor da Vila, todos os meses as despesas são maio res do que a receita. Atual mente, os idosos contribuem com 70% dos proventos mensais.
Diariamente, os idosos fazem seis refeições e para manter isso é necessária uma dispensa variada. Em algumas situações quando o idoso não quer se alimentar é preciso oferecer um suplemento alimentar. “Ele é necessário para deixar nossos idosos mais nutridos quando eles não querem fazer as refeições”, afirmou. A instituição precisa de alguns produtos dos mais variados. Atualmente estão precisando de leite sem lactose, aveia, sucos caju e de soja, suplementação (nutri renal, nutri sênior e nutri- drink Max). Mas a Vila está recebendo qualquer tipo de doação, pois sempre há uma necessidade de doações. Mas eles também pedem uma ajuda também das instituições governamentais para o auxílio ao atendimento médico aos idosos. Atualmente se paga alguns profissionais para o atendimento. Há também voluntários.
Outra instituição que também sofreu com a queda de 50% das doações foi a Rede Feminina de Combate ao Câncer. A presidente Márcia Serpa informou que os doadores fiéis permanecem doando mensalmente, mas aqueles que ajudam não todos os meses também deixaram de contribuir. “Os fiéis não atrasam mesmo, mas a nossa folha é de R$ 9 mil por mês. Nós precisamos de comida, remédios. O que as pessoas puderem do ar a gente vai até a casa com uma van adesivada pela Rede e pega as doações”, revelou.
É possível doar por telefone, pessoalmente na sede e também por conta corrente. A Rede Feminina de Combate ao Câncer mantém a casa de Apoio ao Portador de Câncer. Há um trabalho de voluntários dentro do Hospital Napoleão Laureano, mas também trabalha com a Casa de Apoio, que serve de abrigo e fornece alimentação a pacientes de ambos os sexos, acima dos 18 anos, portadores de câncer, que não residem em João Pessoa e que não dispõem de meios para arcar com despesas de alojamento, alimentação e remédios.
Redação
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