Categorias: Paraíba

Dom José Maria assina manifesto

PUBLICIDADE

Novo manifesto é assinado por 67 religiosos e diz que programa federal é ‘ameaça à própria paz social’

O arcebispo emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires engrossou a lista dos bispos do país contrários a alguns pontos do programa social dos Direitos Humanos do governo que consideram uma “ameaça a própria paz social”. O decreto foi assinado em dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e será discutido e votado no Congresso Nacional.

Os bispos rejeitam a legalização do aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o direito de adoção por casais homoafetivos e a criação de mecanismos para impedir a exibição de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos. O governo promete redigir uma nova versão do item referente ao aborto depois de ouvir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O texto divulgado ontem também faz referência a outras propostas do programa, como a possibilidade de punição de agentes de Estado por tortura e crimes hediondos cometidos no regime militar, a realização de audiências de conciliação antes da reintegração de posse de propriedades rurais ocupadas e o controle social da mídia.

“Há propostas que banalizam a vida, descaracterizam a instituição familiar do matrimônio, cerceiam a liberdade de expressão na imprensa, reduzem as garantias jurídicas da propriedade privada, limitam o exercício do Poder Judiciário, como ainda correm o perigo de reacender conflitos sociais já pacificados com a Lei da Anistia. Estas propostas constituem, portanto, ameaça à própria paz social”, diz a nota.

Entre os bispos que assinaram a nota estão dom José Maria Pires, o dom Pelé, arcebispo emérito da Paraíba – da ala mais à esquerda – e dom Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis, de tendência conservadora.

Os bispos afirmam que o documento se soma a dois outros manifestos católicos já divulgados anteriormente, um pela CNBB e outro da Comissão Episcopal de Pastoral para a Vida e a Família.

“Não podemos aceitar que o legítimo direito humano, já reconhecido na Declaração de 1948, de liberdade religiosa em todos os níveis, inclusive o público, possa ser cerceado pela imposição ideológica que pretende reduzir a manifestação religiosa a um âmbito exclusivamente privado”, afirmaram os bispos sobre a sugestão de retirada de crucifixos de locais públicos. De acordo com o texto do documento “os símbolos religiosos expressam a alma do povo brasileiro e são manifestação das raízes históricas cristãs que ninguém tem o direito de cancelar”.
 

 

 

Redação com Estadão

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Eleições da OAB/PB: advogados elegem nesta 3ª nova diretoria para o triênio 2025/2027

As eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB) acontecem nesta terça-feira…

18 de novembro de 2024

Espetáculo da Floração dos Ipês começa a embelezar Campina Grande a enriquecer decoração natalina

Belos, coloridos, perfumados e encantadores. De cores vibrantes a floração dos ipês é sempre um…

18 de novembro de 2024

Romero Rodrigues não descarta o nome de Bruno Cunha Lima como candidato a governador em 2026: “Basta ele querer”

Em entrevista à imprensa campinense nesta segunda-feira (18.11.2026), o deputado federal e líder do Podemos…

18 de novembro de 2024

Menor é morta com tiro no rosto em JP; companheiro é suspeito

Uma adolescente de 16 anos morreu, na noite desse domingo (17), após ser atingida por…

18 de novembro de 2024

Governador em exercício, Adriano Galdino, admite que ‘tomou gosto’ pelo cargo e sonha com o futuro da Paraíba

Durante os cinco dias em que assumiu o cargo de governador da Paraíba, Adriano Galdino…

18 de novembro de 2024

STF garante direito a tratamento de R$ 15 milhões para menino paraibano com síndrome rara

Em uma decisão histórica, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou que…

18 de novembro de 2024