Educação, política e virtudes

Todo mundo sabe que educação é importante e que pode mudar os rumos de um país. O que não é óbvio é que qualquer sistema educacional que não tenha correição moral e intelectual tende ao fracasso.

Uma boa educação exige: 1) Virtude intelectual: diz respeito ao comprometimento do estudante em observar as normas analíticas corretas para apreender o conhecimento. Princípios lógicos e boa metodologia são fundamentais para compreender determinado objeto.

2) Virtude moral: diz respeito ao comprometimento interno com a busca da verdade para apreendê-la como ela se apresenta. Para isso, é necessário senso crítico e humildade interna para reconhecer quando se está errado. Uma educação virtuosa está disposta a abandonar o erro diante de conhecimentos verdadeiros que contradigam mera opinião.

Não adianta jogar bilhões de reais na educação se estudantes, professores e pesquisadores não têm correição intelectual e moral. Como pode haver uma boa educação se não se busca a verdade objetiva? O resultado é militância e uso da “educação” como instrumento utilitário voltado apenas ao dinheiro.

A educação cristã tem uma virtude que precede todas as outras: 3) Virtude espiritual: diz respeito ao direcionamento correto para o divino na busca do conhecimento. Só quando a educação é orientada pelo temor a Deus e por Sua glória, a virtude espiritual se revela.

As decisões políticas e incentivos do Estado não podem sozinhos resolver o problema da educação brasileira. Sem uma mudança fundamental, que começa em famílias estruturadas e preocupadas com a verdade, a educação brasileira não alcançará êxito.

Anderson Paz