Após a ofensiva organizada pelo grupo terrorista Hamas em Israel, iniciada no último sábado, o Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra emitiu nesta segunda-feira uma nota de apoio à Palestina. O posicionamento do MST não cita nominalmente a ação do Hamas que deixou milhares de civis mortos em Gaza.
A nota emitida dois dias após o início dos conflitos, contudo, reitera o “apoio total e irrestrito à luta do povo palestino” e cita a “autodeterminação contra a política de apartheid implementada por Israel”
“A Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos (…) À brava Resistência Palestina em Gaza: seguiremos apoiando e defendendo o direito legitimo dos povos a reagir contra a opressão”, diz trecho da nota.
O conflito aberto entre Israel e o grupo extremista Hamas já deixou mais de mil mortos desde sábado, quando o grupo extremista armado invadiu a Faixa de Gaza, lançando milhares de foguetes. Após os primeiros bombardeios, Israel decretou “cerco total” na região, em que cerca de 2 milhões de pessoas vivem.
Leia a nota na íntegra:
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil mais uma vez reitera nosso apoio total e irrestrito à luta do povo Palestino pela sua autodeterminação e contra a política de apartheid implementada por Israel.
A Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos.
Gaza foi transformada pelo governo sionista de Israel em uma prisão a céu aberto! Um campo de concentração isolado do resto do mundo, permanentemente atacado e bombardeado pelo exército de Israel.
Um território de 365 km2 onde vivem mais de 2 milhões de palestinas e palestinos que foram expulsos de suas casas e suas terras pelo exército e por colonos de Israel. Um dos territórios mais densamente povoados do mundo, em que as pessoas não tem a liberdade de ir e vir; são privados de comida, água, medicamentos, energia, assistência médica, entre outros direitos.
À brava Resistência Palestina em Gaza: seguiremos apoiando e defendendo o direito legitimo dos povos a reagir contra a opressão!
Ao povo de Gaza: vocês são um exemplo de resiliência para todos e todas que lutam por um mundo mais justo, onde os povos tenham o direto de definir seus próprios destinos, sem intervenções e colonizações.
Ao povo Palestino em qualquer lugar do mundo: vocês têm no Movimento Sem Terra irmãos e camaradas de luta! Não descansaremos enquanto não conquistarmos uma Palestina livre, com capital em Jerusalém e com o legitimo direito ao retorno de todos os refugiados expulsos de suas casas, terras e aldeias!
Seguiremos de mãos dadas com o povo Palestino, rompendo todas as cercas e muros que nos privam de viver e amar!
O Globo