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Enfermagem na PB não mais entende lei do piso como vitória “por conta dos prejuízos impostos pelo STF”

Segundo presidente do sindicato na Paraíba, liberação dos recursos para pagamento do piso da enfermagem resolve apenas parte do problema

A presidente do Sindicato da Enfermagem na Paraíba, Milca Rodrigues, afirmou, durante entrevista nesta quinta-feira (10) que a liberação, por parte do governo federal, dos recursos para pagamento do piso nacional da enfermagem, prevista para o dia 21 deste mês, resolverá apenas parte do problema, já que o Supremo Tribunal Federal fez alterações na lei, atrelando uma carga horária de 44 horas para que o enfermeiro possa receber o valor integral.

Segundo ela, a decisão da Côrte Suprema afeta, sobretudo, os enfermeiros que atuam no poder público, tendo em vista que não o expediente de 44 horas, já que muitos órgãos não funcionam aos sábados.

“Nós realmente esperamos que esse desfecho aconteça, porque já fez um ano da aprovação da lei, e há um ano que a categoria espera receber esse piso salarial nos seus contracheques. Apesar de que vamos esperar esse recurso chegar dia 21, mas infelizmente ele não vai ser da forma que a categoria esperava, porque o STF esfacelou a lei do piso quando a modificou atrelando o valor a uma jornada de 44 horas, e essa jornada o setor público não faz, o setor público não trabalha dia de sábado, então prejudicou a lei, muitos municípios não vão ter um ganho para o piso salarial. Mas vamos esperar como vão chegar esses recursos para vermos quais providências poderemos tomar”, disse.

Conforme a dirigente, atualmente a categoria não mais entende a lei do piso da enfermagem como uma vitória justamente por conta dos prejuízos impostos pelo Supremo. Ela explicou, no entanto, que a luta vai continuar. O ideal, para Milca, seria o piso atrelado a carga horária de 30 horas. Desta forma, como a Constituição permite que os profissionais e saúde possam ter até dois cargos públicos, muitos poderiam ser beneficiados com a dupla jornada.

“Não entende como uma vitória porque houve um prejuízo. A decisão do STF trouxe um prejuízo para toda categoria, infelizmente, mas a luta vai continuar, sobretudo por uma jornada mais justa para categoria, já que o piso não foi atrelado à jornada de 30 horas como nós gostaríamos”, emendou.

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