O desembargador Ricardo Vital decidiu rejeitar, nesta segunda-feira (06), os pedidos de anulação dos processos envolvendo o padre Egydio, que alegavam que as investigações envolvendo os desvios de recursos na gestão do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, tiveram início a partir de uma denúncia anônima.
Na última sexta-feira (03) a defesa do Padre Egídio, representada por Rawlinson Ferraz e sua banca de advogados de Recife, entrou com um pedido de habeas corpus para anular as provas obtidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba sobre a denúncia de desvios de recursos do Hospital Padre Zé.
Com a decisão, os elementos constantes nos processos permanecem válidos. As informações repercutiram no programa Arapuan Verdade.
O caso envolvendo o padre Egydio tem gerado polêmica desde o início pela proporção dos recursos desviados dentro de uma entidade filantrópica.
A decisão do desembargador mantém a validade das informações e evidências que constam nos processos, que continuam em andamento. Essa determinação representa um importante desdobramento no caso e deve influenciar o rumo das investigações e futuros desdobramentos judiciais.
ENTENDA
O padre Egídio de Carvalho Neto, 56, está sendo investigado por suspeita de desviar recursos que deveriam ser destinados ao hospital Padre Zé, que atende pelo SUS em João Pessoa.
O suspeito teria usado o dinheiro para comprar imóveis e bens de luxo e pagar despesas pessoais como viagens.
O pároco era diretor-presidente do hospital e foi afastado do cargo e das funções eclesiais.
Ele responde a processo canônico, que pode resultar em sua expulsão da Igreja Católica.
Investigadores foram a imóveis de luxo que teriam sido adquiridos com dinheiro desviado do hospital e que deveriam ajudar no atendimento à população pobre que depende do SUS na Paraíba.
A força-tarefa coordenada pelo MP-PB (Ministério Público da Paraíba) realizou a operação Indignus, no último dia 5, que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal da Capital.
Os recursos também foram usados na compra de ao menos um carro de luxo. E também para bancar viagens e adquirir produtos e serviços pessoais de altos valores, segundo a denúncia que chegou ao MP e que deu origem à investigação.
A direção do hospital composta por 12 pessoas foi afastada das funções, no final do mês passado, pelo Arcebispado da Paraíba.
Redação
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