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Escola Estadual da Prata homenageia o Rei do Baião em evento na próxima terça-feira

Estadual da Prata homenageia o Rei do Baião em evento na próxima terça, 19

O Estadual da Prata, tradicional colégio de Campina Grande homenageia o Rei do Baião, Luiz Gonzaga no seu centenário de nascimento com uma vasta programação no próximo dia 19, no auditório da instituição. O evento será composto de dança, teatro, música, artesanato, culinária e exposição de arte nordestina tudo com enfoque na importância que o Rei tem para a música brasileira. Será feito também o lançamento do jornal mensal A Voz da Prata.

O tributo ao Rei do Baião é uma proposta conjunta professores e alunos que resolveram homenagear o artista no centenário de seu nascimento com uma festa cercada de nordestinidade. Ao reconhecer o valor do Rei, a equipe do Gigantão preparou uma festa para lembrar o velho Lua do jeito que ele gostaria de ser lembrado.

“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Esse sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas. Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida deixando um exemplo de trabalho e amor”.

Projetos – Em 2012 a escola trabalhará diversos projetos, entre eles: 100 anos de Luiz Gonzaga (professores, diretores, funcionários, resgatam a biografia de um homem que fez história, teve papel importante na vida de diversos artistas e mostra detalhes de sua jornada); Educação Sanitária na Escola (tem como foco a higiene pessoal e as diversas formas como isso acontece); Reutilizando Escolar, (a escola como ponto essencial para um processo de conscientização); Gigantão da Prata (a história da escola em verso e prosa); Direitos Humanos e Cultura Afro-brasileira (enfoca a dimensão cultural através de atividades teóricas e aulas de campo) e Estrangeirismo (trabalhar com os alunos o uso das palavras, expressões e construções estrangeiras em nosso País). Todos os projetos terão a culminância no final do ano e os 100 anos do Rei do Baião terá seu ponto alto na data do aniversário do Rei: 13 de dezembro.

Gonzaga – Nascido em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, interior pernambucano, Luiz Gonzaga começou a ter gosto pela música ouvindo apresentações dos músicos nordestinos em feiras e festas religiosas. Longe de sua cidade e tocando em bares, a saudade apertou e compôs dois chamegos: Pé de Serra e Vira e Mexe. Com a última resolveu participar do concurso de calouros no programa de Ari Barroso, ganhou o primeiro lugar, foi contratada pela Rádio Nacional e ali começava sua trajetória. Era o ano de 1941.

Primeiro músico a assumir a nordestinidade representada pela sanfona e pelo chapéu de couro, apesar de ter se afastado do palco várias vezes, nunca perdeu o prestígio. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído.

Ganhou o prêmio Shell de Música Brasileira em 87 e tocou em Paris em 85. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Suas músicas são a representação da alma de um povo. É a alma do Nordeste cantando sua história. E, isso Luiz Lua Gonzaga fez com muita simplicidade e maestria. O sertão do Nordeste e suas injustiças sociais foram cantados pelo velho Lua que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.

Programação – Começando às 8h e se prolongando por toda manhã a programação constará da abertura com a gestora Ana Rejane e em seguida apresentações musicais, teatrais e danças, com os alunos do colégio. Destaque para apresentação das músicas Légua Tirana, Asa Branca e o Coral Gonzaguinha que cantará a Vida do Viajante e Tropeiros da Borborema, vídeos sobre a vida do Rei do Baião, declamação do poema Luiz/Luiz e o grupo Xote das Meninas que cantará e dançará as músicas Paraíba e Xote das Meninas. Será encenada também a peça Luiz “Lua” Gonzaga. Paralelo à programação que acontecerá no auditório da instituição haverá uma exposição de artesanato representando a cultura nordestina e feira de comidas regionais. O público presente será recepcionado na entrada do auditório com a contextualização das músicas “Asa Branca e A Vida do Viajante” por duas alunas.

A Voz da Prata – Com tiragem de 200 exemplares e todo feito pelos alunos, desde a produção de textos, diagramação, design gráfico, revisão e edição será lançado o primeiro número do jornal A Voz da Prata. Com circulação mensal, o jornal pretende informar a população sobre os projetos desenvolvidos no colégio, dicas para o vestibular, artigos de interesse científico e da comunidade acadêmica.

 

 

 

Ascom

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