Escola Judiciária Eleitoral faz palestra no IFPB sobre venda de votos

Escola Judiciária Eleitoral faz palestra no IFPB sobre venda de votos

“Voto vendido. Povo vencido”. Sob o convite de um aluno do IFPB, outros estudantes podem refletir sobre essa frase hoje com o auxílio da Escola Judiciária Eleitoral (EJE). É que uma palestra da EJE foi agendada pelo estudante Rafael Mendonça, do 4ª ano do curso técnico integrado ao Ensino Médio de Eletrotécnica, para a discussão acerca do voto consciente. Rafael foi premiado pela EJE do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba no ano de 2008 com uma redação sobre “Vote Certo. Vote em quem está legal”.

 Para fazer outros colegas refletirem sobre a participação ativa durante o processo eleitoral, ele convidou a equipe da Escola Judiciária Eleitoral para palestras no Campus João Pessoa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, nesse dia 27 de agosto.
 

A EJE é formada dentro do TRE-PB e tem como missão difundir o voto consciente. Ela funciona durante todo o ano e nos períodos eleitorais intensifica as palestras em escolas e outras instituições a convite da comunidade. Nessa sexta-feira, a primeira palestra no Auditório José Marques já foi realizada pela manhã. A programação prossegue às 16h e às 19h. Três turmas participaram dos debates, entre elas a da professora Analice Pereira, que orientou a redação premiada com o primeiro lugar no concurso do TRE dois anos atrás.
 

A equipe que veio conversar com os estudantes é composta pelos servidores do TRE-PB: Nara Limeira, Alexsandra Cordeiro, Linaldo Oliveira Lima, Vicente Eduardo Maia, Júlio Cesar Cruz Oliveira e Cristiana Targino Farias. Eles não amenizaram as críticas ao comportamento corriqueiro dos políticos durante o período das eleições, de oferecer favores e comprar o voto, mas também não eximiram os eleitores da culpa de eleger candidatos compromissados apenas com o benefício próprio.
 

“Votando você está dando uma procuração para o candidato agir em seu nome por quatro anos. No caso de um senador, por oito anos! Se você trocou seu voto por um favor, não vai ter moral depois para exigir nada. Além disso, muito do que é prometido pelo político já é obrigação, precisamos aprender a cobrar deles que cumpram o que já é nosso direito”, comentou Alexsandra Cordeiro.
 

Júlio César Cruz ressaltou que a democracia ainda é uma exceção dentro da História brasileira e que por isso deve ser valorizada pelas novas gerações. “Tivemos apenas dois períodos de democracia plena: de 1946 a 1964 e depois de 1985 até agora. A política não deve ser desprezada. O mau político é que deve ser desprezado. O desinteresse em votar, em participar, faz o espaço ser preenchido pelos golpistas de plantão”, ressaltou o servidor, lembrando o longo e doloroso período do último golpe militar.
 

Toda a equipe frisou que os alunos têm o papel de agir como multiplicadores das ideias de compromisso com o voto limpo. “Vocês estudam em uma escola pública bem estruturada, o que, infelizmente no Brasil, é exceção. Têm o compromisso moral de passar adiante essas informações”, frisou Júlio Cesar.
 

Nara Limeira destacou que qualquer pessoa da comunidade pode solicitar uma palestra da EJE, basta entrar em contato no site http://www.tre-pb.jus.br/eje/campanha/votovendido_povovencido.php ou nos telefones 3512-1380 / 1383 ou 1398. No sábado, a EJE fará uma mobilização pelo voto limpo, a partir das 9h, na Epitácio Pessoa, próxima ao Busto de Tamandaré. Para denúncias, pode ser acionado qualquer Fórum Eleitoral, a Polícia Federal ou o Ministério Público Eleitoral. No site http://www.mcce.org.br, é possível obter lista de políticos corruptos e também saber onde denunciar corrupção eleitoral.
 

Assessoria