Especialista comenta como onda de calor vem afetando o custo de produção dos alimentos

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As altas temperaturas que vem assolando o Brasil nas últimas semanas, provocadas pelo fenômeno El Niño, além de assustar a população, que precisou encontrar maneiras de se refrescar, provoca além dos riscos à saúde, do desconforto físico e da alta no consumo de energia – com maior uso de eletrodomésticos como ar-condicionado e ventilador, o calor (e outros eventos climáticos) extremo vem afetando diretamente a produção de alimentos ao redor do mundo. É o que explica, o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba, Cícero Bernardo.

Segundo o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba, as oscilações climáticas tendem a causar efeito no preço de frutas, verduras e hortaliças, por conta dos custos de produção e prejuízo às lavouras. “O valor de frutas, verduras e hortaliças podem subir nas próximas duas semanas, caso o calor permaneça. Como o calor mais intenso começou há umas duas semanas, ainda não percebemos uma alteração, mas deve ser sentida em 15 dias”, comentou Cicero.

No entanto, os dias de intenso calor ainda não impactaram em valores na Paraíba, e alguns produtos registraram até redução de preço, como o tomate e batata inglesa, de acordo com levantamento da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), em João Pessoa. Na contramão, o preço do abacaxi aumentou e passou de R$ 3,50 para R$ 6. Pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor constatou uma variação de até 79,22% nos preços dos alimentos da cesta básica nos supermercados da capital. A maior variação foi encontrada no preço do feijão carioquinha tipo 1, cujo preço oscila entre R$ 6,69 e R$ 11,99.

O levantamento do Procon-JP foi realizado na última quinta-feira (16) em 14 estabelecimentos e traz preços de 74 produtos, como óleo, feijão (carioquinha e preto), arroz parboilizado, café, macarrão, massa para cuscuz, açúcar, sal, leite em pó e em caixa, margarina, manteiga e biscoitos doces e salgados. A menor variação foi constatada também no feijão, só que dessa vez no preto tipo 1, com preços entre R$ 7,69 e R$ 7,99. O produto apresenta também a menor diferença de preço, que é de R$ 0,30.

Redação

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