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ESQUECIDA: empresa aérea deixa JP fora de rota

ESQUECIDA: empresa aérea solicita rota ligando as capitais do Nordeste e deixa João Pessoa de fora; mesmo ao anunciar ampliação, Trip despreza mais uma vez capital paraibana

ESQUECIDA: empresa aérea solicita rota ligando as Capitais do Nordeste e deixa JP de fora; mesmo ao anunciar ampliação, Trip despreza Paraíba

 

Certa vez o filhinho de um renomado jornalista da Paraíba, ao assistir um telejornal nacional com seu pai, perguntou se João Pessoa possuía clima. Intrigado com a questão, o comunicador quis saber o porquê de tão estranha indagação. “É que a menina da televisão nunca diz a temperatura daqui”, respondeu inocente a criança.

A sensação que a Paraíba só existe para o resto Brasil por constar no mapa não só maltrata os paraibanos, como é confirmada a cada nova notícia vinculada na imprensa quando trata da região.

Desta vez, o “desprezo” veio “do ar”. Há poucos dias, a empresa aérea Trip solicitou À Anac autorização para voos em dezenas de trechos. Visando expandir sua malha de serviços para o Nordeste (região que possui 4 sedes da Copa do Mundo 2014), planejou a rota ligando Aracajú-SE a Fortaleza-CE, passando por Maceió-AL, Recife-PE, (…) e Natal-RN. Onde foi parar a “sub-sede” João Pessoa?

Para piorar mais a situação, já é esperada outra negativa previsão: dos 100 novos trechos solicitados para operações futuras nenhum deles inclui a capital dos paraibanos.

De quem é a culpa?

Com apenas algumas semanas de atuação, não faz sentido algum cobrar responsabilidades à nova Administração Estadual, mais especificamente à Secretaria de Turismo e de Desenvolvimento Econômico. Por outro lado, não se pode ter a mesma postura com a gestão anterior (que conseguiu apenas a inclusão de João Pessoa na rota da fraca “No AR”, que trabalha com aviões bimotores a hélice e transporta apenas 19 passageiros. “Trepida como em uma estrada esburacada”, revelou um usuário).

Às vésperas de uma Copa do Mundo no país (onde a fantasia que impera é que somos uma sub-sede da competição), até agora o Estado sequer apresentou projeto de reforma ou construção de um novo Estádio na Capital. Ainda olhamos apáticos para o mega evento que se aproxima como se vivêssemos em um sonho, que não precisa de matéria “concreta” para acontecer ou existir.

A questão que fica é: como cobrar que o Brasil (e a Trip) lembre de um lugar que nem mesmo as autoridades competentes tiveram a preocupação de fazê-lo ser lembrado?

A impressão é que somos uma ilha vagando no continente; uma “Atlântida” perdida no prazer íntimo de cada pessoense orgulhoso por ter nascido nesse recanto bonito do Brasil.

 

Luis Alberto Guedes

PB Agora

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