“Esse pecado eu não levo comigo”. A declaração é do governador João Azevêdo (PSB) ao desmentir, durante entrevista neste final de semana, a versão dada pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) que não deixou o governo para disputar o Senado Federal em atendimento a um pedido do então candidato do PSB, nas eleições de 2018.
João disse que tanto ele quanto vários outros auxiliares encorajaram Ricardo a disputar o pleito, já que tinha uma vaga praticamente garantida, todavia, o próprio governador decidiu permanecer governador até o último dia do mandato.
“Esse pecado eu não levo comigo. Quem é do governo sabe muito bem a quantidade de vezes que eu disse claramente que ele deveria ser candidato. Se hoje ele está dizendo isso, eu confesso não entender os motivos. Mas eu disse várias vezes e vários secretários que participaram do governo conhecem muito bem a história que claramente eu dizia que ele deveria ser candidato sim, até porque eu achava, fazia a avaliação de que ele e eu no meio do mundo, rodando esse estado, poderia até ser mais fácil para uma vitória. Não aconteceu. Ele decidiu ficar. Os motivos, evidentemente, ele que deve explicar”, rebateu.
João também rebateu as declarações do ex-chefe do executivo que cutucou o ritmo de obras no Estado. Em tom irônico, o governador informou que foi responsável pelas obras nas gestões Ricardo I e II e que, naquela época, essas obras tinham um bom ritmo.
“Eu não tenho muito essa preocupação não, porque afinal de contas, quem tocou as obras durante os últimos oito anos, aqui no Governo, todos nós sabemos quem foi e parece que na época tinha um ritmo bom”, alfinetou.
As declarações do chefe do executivo foram dadas à imprensa, nesse final de semana, durante a abertura da 52ª edição da Expofeira Paraíba de Agronegócios, que aconteceu no Parque de Exposições, em João Pessoa.
PB Agora
