A temperatura média do ar na Paraíba, que atualmente é 25,3 °C sofreu um aumento de 1ºC nos últimos 30 anos. Esse crescimento foi observado nas quatro regiões geográficas intermediárias do Estado, João Pessoa, Campina Grande, Patos e Sousa-Cajazeiras, em uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Sobre esse tema a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) Marle Bandeira destaca que apesar de estarmos ainda na primavera já sentimos os efeitos do calor intenso e dias com pouca ventilação. Segundo ela, a temperatura no Sertão e Alto Sertão já chegam até 37°C. quem também opina é Louise Pereira da Silva no âmbito do Programa de Pós-graduação em Energias Renováveis da UFPB.
De acordo com Marlene a primavera é uma estação de transição, pois se encontra entre o inverno e o verão, por isso a primavera tem características de ambas as estações. “Normalmente os dias são mais longos e quentes, logo, o sol se põe mais tarde. Além disso, podem ocorrer chuvas pontuais. É normal sentir mais calor até a chegada do verão. Não tem nada excepcional do que normalmente nessa época do ano”, disse destacando também que em janeiro devem começar as famosas chuvas de verão.
Segundo a pesquisa, realizada por Louise Pereira da Silva no âmbito do Programa de Pós-graduação em Energias Renováveis da UFPB, a tendência de alta das temperaturas pode comprometer eficiência da produção de energia solar fotovoltaica no Estado, por provocar diminuição da tensão elétrica em painéis. Nos municípios onde ficam as estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na Paraíba, locais de realização da pesquisa da UFPB, a elevação anual da temperatura média do ar foi de 0,03 °C, em João Pessoa; 0,02 °C, em Areia; 0,02 °C, em Campina Grande; 0,05°C, em Monteiro; 0,04 °C, em Patos e 0,06 °C em São Gonçalo.
“Nesta nossa avaliação dos dados climáticos históricos de irradiação solar e temperatura média do ar do estado da Paraíba e seu impacto na produção de energia fotovoltaica usando painel de silício monocristalino e policristalino, foi observado que houve redução na produção fotovoltaica em razão do aumento da temperatura média do ar”, comentou Louise.
Da Redação