O Governo do Estado investe na retomada do algodão, cultura geradora de renda e cidadania no campo, dentro do Projeto Algodão Orgânico Paraíba, executado pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Otimistas, as 327 famílias agricultoras beneficiadas pelo projeto comemoram a produção do algodão orgânico branco, cuja colheita ainda não terminou e já resultou na comercialização de cerca de 240 toneladas do produto. Com isso, mais de R$ 576 mil foram injetados na economia de 60 municípios das regiões administrativas de Itabaiana, Guarabira, Campina Grande, Solânea, Areia, Serra Branca, Picuí, Patos, Itaporanga, Princesa Isabel, Pombal, Catolé do Rocha, Sousa e Cajazeiras.
De acordo com um dos idealizadores do projeto, o engenheiro agrônomo da Empaer, Vlaminck Saraiva, a perspectiva de colheita para a safra agrícola deste ano, que deverá ocorrer até o fim deste mês de novembro, foi estimada em mais de 250 toneladas de algodão em rama, “representando um aumento de mais de 100% em relação a última safra”. Ele avalia que o resgate da cotonicultura no Estado representa a esperança do desenvolvimento sustentável para a agricultura de todos os municípios com vocação para esta cultura.
Entre os principais fatores que contribuíram para o sucesso no aumento da produção do algodão orgânico, apesar das restrições em razão da pandemia da Covid-19, destacam-se a regularidade do inverno, a garantia de mercado com preço acertado em contrato e pagamento rápido e a assistência técnica continuada.
O engenheiro explica que uma das vantagens da produção agroecológica reside na busca do equilíbrio do ecossistema para resultar em plantas mais resistentes, preservando assim o meio ambiente e a saúde das pessoas envolvidas. Nos cerca de 350 hectares plantados com algodão orgânico branco – variedade BRS 286, o manejo é feito em consórcio com as culturas do milho, do feijão, do gergelim, de hortaliças, de frutíferas e de plantas nativas. Já o monitoramento das pragas e doenças é feito de forma sistemática. Em caso de ocorrências, após avaliações técnicas, são utilizados adubos naturais, como o extrato de algumas plantas e biofertilizantes.
Atualmente, sob coordenação do Instituto Casaca de Couro, são parceiros do Projeto Algodão Orgânico Paraíba a Embrapa Algodão, a indústria Textil Norfil S/A, a Coopnatural, o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil, o Sebrae, o Insa e Secretaria de Ciência e Tecnologia/Fapesq.
Redação com Secom/PB
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