O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides, abriu nesta segunda-feira (12) a exposição Reflexos da Ditadura Militar na Paraíba – 50 anos depois, ressaltando a importância da democracia para a sociedade.
O desembargador lembrou que foram muitos os atos arbitrários praticados durante a ditadura militar. Ele comentou que este país tem uma memória muito curta e é preciso que a sociedade se lembre daqueles fatos porque uma vez quebrada a regra da democracia é muito difícil o retorno.
A exposição tem 20 painéis que mostram os reflexos da repressão na Paraíba e faz parte da 12ª Semana Nacional de Museus. Ela está aberta ao público das 12 às 19 horas. Os primeiros estudantes a visitá-la foram os alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Olivina Olívia, que conheceram também o Memorial da Justiça Eleitoral da Paraíba, na sede do TRE.
Um grupo de servidores do Tribunal fez uma performance lembrando a instalação do AI-5, a censura na imprensa, os movimentos culturais e a tortura de civis enquanto parte dos brasileiros torciam pela seleção brasileira durante a copa do Mundo de 1970. Em seguida, a luta pelas Diretas Já e enfim, um áudio original com trecho de um discurso do ex-deputado Ulisses Guimarães onde ele fazia referência à conquista da abertura política e a Constituição de 1988. Um final que emocionou a plateia.
Depois da apresentação teve início a 15ª audiência pública da Comissão Estadual da Verdade que ouviu depoimento de juízes cassados e familiares do desembargador Emílio de Farias, também cassado pelo regime militar. A Paraíba teve 12 juízes e um desembargador cassados de forma arbitrária durante a ditadura militar.
MAGISTRADOS CASSADOS
Hermílio de Carvalho Ximenes
Emílio Farias
Alceu Alves Maciel Feitosa
Boanerges Chaves Maia
Helena Alves de Souza
Humberto Melo
Ijalme Leite Gomes
João de Deus Melo
João Stélio Pimentel
Luiz Gomes de Araújo
Manoel Augusto de Souto Lima
Paulo Walker da Silva
Severino Ramos Pereira
Redação
