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João Pessoa, 22 de Fevereiro de 2025

Folha de SP repercute ação da PM em Patos

Folha de SP repercute ação da PM em Patos e destaca as diferentes versões sobre o caso

 

O portal da Folha de São Paulo repercutiu, em reportagem publicada nesta terça-feira (09), a prisão dos acusados de matar um policial militar no município de Patos, Sertão da Paraíba, no último final de semana.

O texto mostra as versões da polícia para “expor” os presos e também o outro lado, ou seja, a versão dos Direitos Humanos, que criticou a atitude.

Ontem, o governador Ricardo Coutinho (PSB) , durante programa de rádio, defendeu a ação da polícia que agiu com velocidade e prendeu a quadrilha acusada de matar um Cabo da PM durante um assalto a um posto de combustível na cidade de Patos Sertão da Paraíba, fato ocorrido no último sábado.

“Bandido tem que compreender que não pode fazer o que bem entende, nossa polícia é cidadão e respeita as leis, só age amparada na lei!”, destacou o governador, ao defender a maneira enérgica da PM que durante troca de tiros matou dois suspeito e prendeu o restante da quadrilha sendo exibida em desfile nas principais ruas da morada do sol.

 

LEIA A MATÉRIA NA ÍNTEGRA

 

PMs fazem cortejo de presos na Paraíba


Suspeitos de matar cabo foram transportados em carro aberto até delegacia e receberam ameaças de linchamento

Professora de direitos humanos critica exposição de detidos; polícia diz que ação mostra “transparência”

PAULA SPERB


DE SÃO PAULO


Um comboio de carros da Polícia Militar com sirenes ligadas e escolta de motos conduziu presos, em cima da carroceria, até a delegacia de Patos (a 266 km de João Pessoa), no sertão da Paraíba, no último sábado (6).

Os detidos foram transportados de pé e algemados. Eles são suspeitos de terem assassinado o cabo da PM Ubirajara Moreira Dias em um assalto na madrugada de sábado.

Segundo a polícia, 3.000 pessoas participaram do enterro do cabo “Bira”, como era chamado o policial.

Ainda segundo a corporação, mais de 50 policiais, inclusive os de folga, ajudaram na captura dos sete envolvidos com o crime. Dois deles morreram na operação.

Apesar do aparato que chamou atenção da comunidade, a PM nega que tenha feito um “desfile com os presos”. Diz que a atitude “mostra transparência na ação e condução dos suspeitos”.

Imagens da TV Cabo Branco, afiliada da Globo, mostram os detidos recebendo ameaças de linchamento ao chegarem à delegacia.

Para a professora do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB (federal da Paraíba), Maria de Nazaré Tavares Zenaide, a polícia errou ao exibir os suspeitos.

Segundo ela, a ação simboliza que eles já foram julgados culpados pelo crime antes mesmo do julgamento pelos órgãos competentes.

“O que a gente quer é que a lei seja cumprida”, diz a educadora. “A gente entende a revolta deles. Mas eles não podem agir com emoção, precisam agir com razão.”

MORTES

Um dos suspeitos mortos na operação policial é Joílson da Silva Galdino, 19, apontado pela PM como o assassino do cabo. Eriosmar Ferreira Lucena, 53, também foi morto na troca de tiros. Segundo a polícia, ele foi o “mentor intelectual do crime”.

Entre os cinco homens detidos estão dois adolescentes de 15 e 16 anos, que serão encaminhados para medidas socioeducativas.

Os outros três homens foram indiciados sob suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte), de assalto (a outras pessoas na noite do crime) e associação criminosa.

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), defendeu a atitude da polícia nesta segunda (8), durante seu programa de rádio.

“A polícia agiu e agiu rápido. Prendeu todo mundo. Só ocorreram essas duas mortes porque eles reagiram. Queriam que a polícia se escondesse? Saísse correndo?”, disse Coutinho. “Longe de mim incitar violência”, afirmou.

O Ministério Público da Paraíba instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias da prisão e da morte dos suspeitos



PB Agora

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