Uma força-tarefa composta composta pela Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho, Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União regatou cerca de 110 pessoas em situações de trabalho análogas à escravidão no âmbito Operação Resgate, aberta na semana passada.
A ação segue em andamento em 23 das 27 unidades da Federação, entre elas Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal.
Cerca de 300 policiais federais, 100 auditores fiscais do trabalho, 29 procuradores do trabalho, 78 agentes de segurança institucional participaram das atividades da operação que a PF classifica como a ‘maior força-tarefa já realizada no País com a finalidade de efetuar o resgate de trabalhadores em condições irregulares’
Além do resgate dos trabalhadores, a ação conjunta ‘tem como objetivo a verificação do cumprimento das regras de proteção ao trabalho, a coleta de provas para garantir a responsabilização criminal daqueles que lucram com a exploração e a reparação dos danos individuais e coletivos causados aos resgatados’, indicou a corporação.
Em coletiva, a força-tarefa sinalizou que nas 64 ações realizadas em todo País foram resgatados adolescentes, homens, mulheres, indígenas, idosos, e até mesmo pessoas com deficiência. As verbas salariais que esses trabalhadores vão receber se aproximam de R$ 500 mil. Além disso, foram identificados 486 trabalhadores sem registro na carteira, e lavrados mais de 360 autos de infração.
Os primeiros detalhes sobre a Resgate foram divulgados nesta quinta, 28, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data foi instituída em 2009, em homenagem a servidores que foram assassinados em 28 de janeiro de 2004, quando se deslocavam para uma inspeção em fazendas da região de Unaí, em Minas.
Dados oficiais das ações de combate ao trabalho análogo ao de escravo no Brasil estão disponíveis no Radar do Trabalho Escravo da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho. Denúncias sobre situações de tal teor podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê.
PB Agora
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