“Nunca me senti afastada do cargo porque fui legitimamente eleita pelo conjunto dos filiados e filiadas do PT de João Pessoa”. A declaração é a da presidente do diretório municipal do PT da Capital, Giucélia Figueiredo, ao comemorar o retorno ao cargo com a decisão da Justiça Eleitoral, nesta terça-feira (20), que suspendeu a intervenção do PT nacional na direção da sigla na cidade.
“Eu recebi com muita alegria a decisão da Justiça. Eu tenho recebido, sistematicamente, uma avalanche de solidariedade que me manteve firme no propósito maior que é dialogar com a cidade de João Pessoa”, destacou.
A dirigente reforça que tanto ela quanto os diretorianos compreendem que todos os procedimentos adotados pelo Diretório Municipal de João Pessoa foram à luz do estatuto partidário e que a candidatura de Anísio Maia foi norteada pelo ritual que normatiza as eleições de 2020, não sendo passível de vícios.
“Nós temos absoluta certeza de que cumprimos rigorosamente com os ritos e com os procedimentos internos do nosso partido e também com os dispositivos legais”, pontuou ela.
Já o candidato Anísio Maia, que disputa à prefeitura pela sigla, lamenta a situação e ressalta que o imbróglio partidário apenas desgasta sua postulação.
OUTRO LADO
Por outro lado, a decisão pela suspensão da intervenção do PT no diretório municipal de João Pessoa causou indignação a parte dos membros da direção nacional. O secretário do Partido dos Trabalhadores em âmbito nacional, o deputado federal Paulo Teixeira, afirmou que a legenda pretende seguir apoiando a candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) a prefeito da Capital.
Ele ainda classificou a decisão da Justiça como “abuso de autoridade”.
“O PT nacional e estadual decidiram apoiar a candidatura de Ricardo Coutinho, portanto essa é a decisão nacional e estadual e a direção local não respeitou nossa decisão e preferiu judicializar”, disse.
Segundo Paulo, a decisão foi tomada por um juiz que não tem competência para tratar de tal assunto. Ele ainda considerou que essa decisão “invade” a economia interna do partido.
A secretária nacional de organização do PT, Sônia Braga, classificou a decisão como “golpe” e disse que o partido sempre agiu priorizando a democracia.
Conforme o dirigente, não existe um partido de esquerda onde o diretório municipal é autônomo em suas decisões.
PB Agora
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