Nesta segunda-feira (27), o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP), Isaac Júnior, denunciou que motoristas em greve estariam impedindo a saída dos ônibus das garagens, em descumprimento à decisão judicial que determina a circulação de 60% da frota durante o movimento grevista.
De acordo com Isaac, dos 420 ônibus da frota operacional da capital paraibana, 252 deveriam estar em circulação desde as primeiras horas da manhã.
“Com a greve já deflagrada pelo sindicato dos motoristas, 60% da frota de ônibus de João Pessoa, que equivale os 420, que é a nossa frota operacional, 252 ônibus deveriam estar circulando desde João Pessoa hoje. Infelizmente, no flagrante desrespeito à determinação judicial, o sindicato dos motoristas bloqueou e obstruiu completamente as portas das garagens e impediu a saída dos ônibus. População de pessoas está absolutamente desassistida de transporte coletivo”, declarou Isaac.
O presidente do Sindicato dos Motoristas, Ronne Nunes, rebateu as acusações, afirmando que os profissionais estão nas garagens, mas “revoltados” com a falta de um acordo justo. Ele garantiu que os ônibus estão saindo das garagens gradativamente.
A greve dos motoristas de ônibus em João Pessoa foi deflagrada nesta segunda-feira e já impacta milhares de usuários do transporte público. A paralisação é motivada por reivindicações da categoria, que incluem reajuste salarial de 15%, aumento do vale-alimentação de R$ 440 para R$ 800, e melhorias nas condições de trabalho, como o fim da jornada dupla.
Uma decisão judicial emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT13) determina que 60% da frota permaneça em operação para garantir o atendimento mínimo à população. No entanto, relatos de bloqueios nas garagens e a saída limitada de ônibus têm causado transtornos na mobilidade urbana.
A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) segue monitorando a situação e recomenda que os usuários busquem alternativas de transporte enquanto o impasse não é resolvido.
PB Agora