Categorias: Paraíba

Guaiamum entra na lista de extinção

PUBLICIDADE

 Desde o dia 6 de março o Ministério do Meio Ambiente publicou duas portarias no Diário Oficial da União proibindo a captura e a comercialização do guaiamum. A medida é porque o crustáceo está na lista de animais com risco de extinção. O animal é prato típico em Aracaju (SE) e a medida vai mudar a rotina nos bares.

 

Segundo as portarias, o comércio vai ser permitido até do dia 30 de abril, desde que os estabelecimentos tenham em estoque. Quem desobedecer a medida vai se enquadrar no crime de caça a animal silvestre, com multa no valor de R$ 5 mil por pessoa e se a venda ficar comprovada o valor passa para R$ 10 mil.

 

“A fiscalização incidirá sobre estoques não declarados. A equipe de fiscalização do Ibama percorreu os principais pontos de comércio do guaiamum dando ciência aos prazos legais estabelecidos nas portarias”, explica o chefe da divisão técnica Ibama/SE, Romeu Boto.

 

Em 2014 já havia sido proibido o comércio por meio da portaria 445/2014, mas o limite da data para a venda tinha sido prorrogada. Segundo o Ibama, conforme outra portaria, a 395 de 2016, o estoque declarado até o dia 6 de março pode ser comercializado até o dia 30 de abril.

 

Apenas o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem a permissão para captura, transportar e armazenar os guaiamuns para fins de pesquisa e conservação do crustáceo.

 

Comércio do Guaiamum

O empresário José Félix dos Santos possui um bar em uma praia do Bairro Aruana, na Zona Sul de Aracaju, e há cerca de 17 anos comercializa o crustáceo no estabelecimento. Segundo ele, depois do caranguejo o guaiamum é um dos pratos mais procurados pelos sergipanos e turistas.

 

“Na semana passada fui comunicado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) de Sergipe. Ainda tenho no estoque cerca de 450 unidades, das 800 quando fomos informados da decisão”, explica o empresário.

 

Félix conta que a medida vai afetar a economia local. “Acredito que deve afetar cerca de 30% das nossas vendas. O prato é a cara de Sergipe, mas precisamos seguir a legislação e preservar a espécie”, explica.

 

No Bairro Aeroporto, também na Zona Sul, o empresário Fábio de Souza tem um estabelecimento onde o pirão do guaiamum é a estrela. A portaria do MMA também deve mudar o comportamento no local. “A gente acredita que as pessoas vão mudar a forma de consumir, optando pelo caranguejo e outros pratos do cardápio”, conta.

 

G1

Foto: Reprodução / TV Sergipe

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Correios e Serasa se unem para possibilitar negociação de dívidas em todo o Brasil

A partir da próxima segunda-feira (4/11), consumidores de todo o país podem negociar dívidas com…

1 de novembro de 2024

Primeira semana pós 2º turno marca avalanche de apoios a Hugo Motta e consolida candidatura do paraibano à presidência da Câmara

Reuniões de bancadas, articulações e anúncios de apoios. A primeira semana pós segundo turno das…

1 de novembro de 2024

Médicos reafirmam eficácia da mamografia para prevenir câncer de mama

Em meio à repercussão de depoimentos médicos, divulgados em redes sociais, que questionam a eficácia…

1 de novembro de 2024

Quinto colocado no 1º turno das eleições em Campina, ex-candidato a prefeito retorna ao Governo do Estado

O advogado André Ribeiro (PDT) que foi o quinto colocado nas eleições de primeiro turno…

1 de novembro de 2024

Enem 2024: confira documentos aceitos nos dois dias de provas

Os participantes brasileiros do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 devem levar ao local…

1 de novembro de 2024

Programa ‘Eu Posso’ abre novas inscrições para empreendedores na próxima semana

A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest),…

1 de novembro de 2024