Pacientes morrendo por falta de suporte médico, falta de controle no acesso às UTIs e de isolamento na sala de Raio-X, ameaças a funcionários e irregularidades no setor de fisioterapia e de nutrição do hospital da Hapvida em João Pessoa. Essas são algumas das denúncias contra a instituição que serão investigadas pelo MP-Procon.
O inquérito civil foi aberto nessa segunda-feira (28) e está sendo conduzido pelo promotor Francisco Bergson Gomes Formiga Barros, que é vice-diretor-geral do MP-Procon.
São três as denúncias que norteiam a investigação: a primeira, anônima e feita à Ouvidoria do Ministério Público da Paraíba (MPPB), relata a situação de pacientes morrendo por falta de suporte e outros problemas relacionados à estrutura e ao tratamento dos funcionários.
A segunda foi feita pelo Conselho Regional de Fisioterapia (Crefito), e aponta irregularidades no quantitativo de fisioterapeutas na UTI do Hospital, como a prestação do serviço não ocorrendo por 18h contínuas – o que seria obrigatório. Um paciente teria ficado das 22h às 7h da manhã com a assistência de um fisioterapeuta particular, de acordo com a denúncia do Crefito.
A terceira denúncia foi feita pelo Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região e dá conta de que, nos finais de semana e feriados, só há assistência nutricional acompanhada por um profissional da área pelo período da manhã e relata, no geral, um número deficitário de nutricionistas que não garantiria a cobertura ininterrupta dos profissionais – o que é indicado por Resolução do Conselho Federal de Nutrição.
A Hapvida tem o prazo improrrogável de dez dias para manifestar defesa acerca das denúncias. De acordo com o promotor, existem indícios materiais da “ocorrência de infrações às normas consumeristas”.
Confira o documento:
PB Agora
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