A greve nacional dos bancários, que nesta segunda-feira 24 entrou na
segunda semana ainda mais forte que na sexta-feira, começou a surtir
efeito. No começo da noite, a Fenaban enviou ofício à Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) chamando uma nova rodada
de negociação com o Comando Nacional dos Bancários para esta terça-feira às
16h, no Hotel Maksoud, em São Paulo.
Após a rodada com a Fenaban, haverá também negociações com o Banco do
Brasil e a Caixa Econômica Federal, no mesmo local, sobre a pauta de
reivindicações específicas dos trabalhadores.
“Foi a força da greve que arrancou a retomada das negociações. Esperamos
que os bancos apresentem uma proposta que contemple as expectativas dos
bancários e possa ser levada às assembleias da categoria em todo o país”,
afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando
Nacional.
Nesta segunda-feira, sétimo dia da paralisação, foram fechadas 9.386
agências e centros administrativos nos 26 Estados e no Distrito Federal,
segundo informações passadas à Contraf-CUT até as 20h30 pelos 137
sindicatos e dez federações representados pelo Comando Nacional dos
Bancários. Na sexta-feira 21, haviam sido paralisadas 9.092 unidades no
Brasil inteiro.
A Fenaban apresentou a primeira e única proposta, com 6% de reajuste (0,58%
de aumento real), no dia 28 de agosto. No dia 5 de setembro, a Contraf-CUT
enviou carta à federação dos bancos para reafirmar que estava aberta à
retomada das negociações e reivindicava a apresentação de uma nova
proposta. A Confederação repetiu o gesto na quinta-feira 20, véspera da
reunião do Comando Nacional, em São Paulo, para avaliar a paralisação da
categoria.
*As principais reivindicações dos bancários*
– Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
– Piso salarial de R$ 2.416,38.
– PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
– Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
– Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da
cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além
da criação do 13º auxílio-refeição.
– Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da
rotatividade.
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
– Mais segurança
– Igualdade de oportunidades.
Ascom
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