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Hospital alerta para perigos de fogos

 Hospital Regional alerta para perigos de fogos de artifício

Com a chegada do período junino e da Copa do Mundo, a coordenação da Unidade de Assistência aos Queimados Bonald Filho do Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes tem alertado para o perigo que é soltar fogos de artifício ou acender as fogueiras sem o devido cuidado.
Estatisticamente, os casos de queimaduras crescem em mais de 50% nessa época do ano em decorrência dos festejos juninos. Esse ano, com a realização da Copa do Mundo, os profissionais da Ala de Queimados temem um crescimento nas ocorrências.

Este ano, 304 pessoas já deram entrada na Unidade de Queimados, entre janeiro e maio, decorrente de queimaduras. A maioria foi resultado de acidentes domésticos envolvendo crianças. Somente em janeiro foram atendidas 67 pessoas, contra 52 em fevereiro, 49 em março, 64 em abril e 72 em maio. Os números de junho, quando geralmente aumentam os casos de queimaduras devido a queima de fogos de artifício e a tradição de acender fogueiras juninas, ainda não foram contabilizados.

Campanha de prevenção

Com o tema ‘Queime fogos, não queime a alegria’, a campanha de prevenção de queimaduras, realizada pelo Hospital Regional, tem surtido efeito. Até o momento, apenas quatro crianças deram entrada na Ala de Queimados em decorrência de queimaduras provocadas por fogos de artifício. O número é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.

A campanha, realizada durante todo o mês de junho, já chegou ao Parque do Povo, Salão de Artesanato, Praça da Bandeira, Estação Velha, no Distrito de Galante e em outros pontos da cidade, onde estão acontecendo atividades dos festejos do Maior São João do Mundo. Os profissionais da Ala de Queimados têm distribuído material educativo nesses locais.

Coordenada pela médica, Teodora Araújo, pela enfermeira, Ana Maria Franco, e pela psicóloga Afra Maria, a campanha tem como objetivo alertar as pessoas para o perigo de manusear fogos de artifício de forma inadequada.

Para isso, 10 mil panfletos foram confeccionados com orientações sobre os perigos de soltar fogos ou acender fogueira sem os devidos cuidados. De acordo com dados da Unidade de Terapia de Queimados (UTQ), as principais vítimas de queimaduras são crianças de até 6 anos de idade.
Com a campanha, a coordenação da Unidade de Queimados pretende fazer com que as pessoas tomem conhecimento dos riscos quando soltam fogos de artifício ou fazem uso de produtos inflamáveis sem os devidos cuidados.

Dicas dos profissionais

A psicóloga Afra Maria destacou alguns cuidados que os pais devem ter. A atenção, segundo ela, deve ser redobrada com o uso de fogos de artifícios. Se mal manuseados, eles podem resultar em graves lesões, inclusive, perda de dedos das mãos. Os pais, ainda de acordo com a profissional, não devem deixar crianças manusearam os produtos. Quem preferir, pode comprar apenas fogos de artifícios indicados para a faixa etária dos filhos.

Afra ressaltou que, além da queima de fogos e da tradição de acender as fogueiras juninas, muitas pessoas costumam se queimar na cozinha durante o preparo das comidas típicas, como canjica a pamonha. O correto, segundo ela, é que os pais mantenham as crianças longe do fogão.

No ano passado, foram registrados 46 casos de queimaduras no Hospital Regional. Desse total, 22 foram provocados por queima de fogos de artifício ou outros motivos juninos, sendo 10 adultos e 11 crianças.

Em 2008, a Unidade de Queimados registrou 40 admissões, sendo 17 provocados por fogos de artifício ou fogueiras juninas.
Segundo dados da Ala de Queimados, cerca de 70% das ocorrências de fogos de artifícios envolvem crianças. As maiores ocorrências são registradas nos dias 12, 23 e 28 de junho, respectivamente, vésperas dos dias de Santo Antônio, São João e São Pedro, quando o nordestino mantém a tradição de acender fogueiras e fogos de artifício.

O Hospital Regional é o único em Campina Grande que possui uma Unidade de Queimados com atendimento ambulatorial e hospitalar. Referência em todo o Estado, a unidade funciona com 24 leitos, sendo 12 reservados para criança e mais 12 destinados ao atendimento de adultos. A
equipe é formada por oito cirurgiões plásticos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutrição enfermeiros e técnicos de enfermagens. 

Assessoria de Imprensa do Hospital Regional

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