A primeira-dama Ana Maria Lins esteve, na manhã desta quinta-feira (25), na comunidade Chã dos Pereiras, na cidade de Ingá, onde se reuniu com as mulheres labirinteiras que produzem peças em labirinto, um tipo de bordado tradicional na região. As mestras labirinteiras serão homenageadas da 30ª edição do Salão de Artesanato da Paraíba que tem como tema “Labirinto – A Arte que Une Gerações”. O evento ocorrerá entre os dias 12 e 30 de junho no Museu de Artes Assis Chateaubriand, em Campina Grande.
Durante a reunião, a primeira-dama enalteceu o trabalho das artesãs que fazem peças em labirinto e reforçou a importância da valorização do artesanato para a preservação da cultura de cada região paraibana. “A arte das labirinteiras precisa ser mais valorizada e divulgada dentro e fora da Paraíba. Nosso papel é ajudar a estimular o artesanato, fazendo com que cada artesão possa aumentar a produção das peças e também vender mais. O labirinto faz parte da nossa cultura”, observou a primeira-dama.
A gestora do Programa do Artesanato da Paraíba (PAP), Marielza Rodriguez, contou que o labirinto é uma arte que passa de geração para geração e faz parte da identidade do local. “Foi pensando nisso que viemos visitar essa comunidade que tem muitas artesãs que vão participar do Salão de Artesanato. O Governo do Estado, através do PAP, segue estimulando o artesanato e estamos sempre à disposição para ajudar”, garantiu.
A presidente da Associação das Artesãs Rurais de Chã dos Pereiras, Gilmara de Oliveira, comentou que o labirinto movimenta a economia local. “O labirinto é uma importante fonte de renda para a comunidade. Minha mãe, por exemplo, conseguiu construir uma casa, há 10 anos, com a renda da venda das peças. Hoje, apoiamos cerca de 20 mulheres artesãs que se reúnem na associação e vendem os produtos em feiras”, explicou.
Renaly Ribeiro é artesã e neta da fundadora da Associação das Artesãs de Chã dos Pereiras. “Há 25 anos, minha avó começou a se reunir com outras mulheres para juntas, fundar a associação e ampliar esse belo artesanato. O labirinto contribui bastante com a vida de muita gente. Tem algumas pessoas que vivem apenas do labirinto”, afirmou.
A artesã Maria Damásio tem 85 anos e faz labirinto desde os sete. Ela lembrou que aprendeu a arte com a mãe e que já ensinou para a filha. “A gente faz várias peças como colcha de casal, toalha, fronhas, conjuntos de fogão, toalhas de mesa, passadeiras e outras. Com o artesanato, a gente pode ajudar na renda familiar”, garantiu.
Salão de Artesanato da Paraíba – A 30ª edição do evento vai apresentar o trabalho de cerca de 120 artesãos de diversas tipologias e terá uma infraestrutura bem mais ampla que a edição anterior. A Praça da Alimentação continuará em parceria com a Vila Junina, que vai apresentar uma vasta programação de trios de forró e bandas locais, além de food trucks com chefs de renome regional.
No auditório do Museu, o Programa do Artesanato, através da coordenação de capacitação, vai promover debates envolvendo temáticas ligadas ao artesanato, design, cultura e criatividade. O Salão de Artesanato é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico e do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP).
Redação com Secom/PB
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