Após a retirada do sigilo da investigação da Polícia Federal (PF), que acusa 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, ficou mais claro o papel de cada um dos investigados. Entre os nomes citados está o paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro e apontado como um dos líderes do “Gabinete do Ódio”.
O relatório da PF foi tornado público nesta terça-feira (26), após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nele, a PF identifica Bolsonaro como o principal líder da organização criminosa responsável por tentar orquestrar um golpe de Estado com o objetivo de manter o ex-presidente no poder, após sua derrota nas eleições de 2022.
A investigação aponta que o golpe planejado por Bolsonaro não foi concretizado devido a “circunstâncias alheias à sua vontade”.
**O papel de Tércio Arnaud na tentativa de golpe:**
Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e um dos principais nomes do “Gabinete do Ódio”, foi identificado como responsável por organizar e disseminar campanhas de desinformação. Segundo o relatório, Arnaud editou e enviou, por meio do WhatsApp, cortes da live do influenciador argentino Fernando Cerimedo, na qual ele fazia ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro.
A live original, com mais de uma hora de duração, foi condensada por Arnaud para um resumo de aproximadamente 9 minutos, visando facilitar sua disseminação rápida, antes que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pudesse adotar medidas contra a propagação de fake news. O material editado foi enviado a Mauro Cid, que, junto com Marques de Almeida, ajudou a ampliar a circulação das informações falsas.
Essa nova etapa da investigação revela detalhes da estratégia de desinformação e a tentativa de deslegitimar o processo eleitoral, com Tércio Arnaud desempenhando um papel central na organização e divulgação de conteúdos manipulados.
PB Agora